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Projetos de Extensão da PUC-Campinas são premiados na II Mostra de Extensão da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp

Trabalhos orientados pelos docentes extensionistas Prof. Dr. Joaquim Simões Neto e a Profa. Dra. Tatiana Slonczewski, foram destaques da II Mostra de Extensão da FCM

Dois projetos de extensão da PUC-Campinas foram premiados na II Mostra de Extensão da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, que aconteceu entre os dias 7 e 8 de novembro, na FCM. O projeto “Segurança à Vida – Conscientização Atuacional em Jovens e Público 60+: riscos, atitudes e consequências no trânsito”, do Prof. Dr. Joaquim Simões Neto, Diretor da Faculdade de Medicina, e “Promoção de saúde mental e prevenção ao suicídio em contextos vulneráveis de educação e assistência social”, da Profa. Dra. Tatiana Slonczewski, da Faculdade de Psicologia da PUC-Campinas.

Simulação de acidente de trânsito, realizado pelo projeto coordenado pelo Prof. Dr. Joaquim Simões Neto

O objetivo do evento, realizado na Unicamp, foi debater o atual protagonismo da extensão universitária além de trocar experiências com quem faz extensão e evidenciar a importância da extensão e a transformação que ela pode realizar na sociedade.

O projeto premiado orientado pelo Professor Joaquim, prevê ações que ajudem na promoção da segurança no trânsito. Ao longo do seu desenvolvimento envolveu vinte e quatro alunos da Faculdade de Medicina da PUC-Campinas. A iniciativa compreendeu desde a atuação na conscientização dos jovens do 3º ano do Ensino Médio – que puderam visitar o Hospital da PUC-Campinas e entender como é feito o atendimento em casos de acidentes – até parcerias com a EMDEC (Empresa que gerencia o trânsito de Campinas), Corpo de Bombeiros e Polícia Militar, para ações nas vias da cidade.

“A consequência do acidente não é só amassar o carro, não é só, de repente, o prejuízo de um bem material, mas o risco que há envolvendo vidas, além da sobrecarga ao sistema de saúde.  Uma pessoa que sofre um acidente pode ficar debilitada, sentir dores e, no pior dos casos, pode ficar com sérias sequelas. Nas atividades de extensão nós mostrávamos tudo isso in loco. Então, nós passávamos também com esses alunos na enfermaria, mostrando pessoas que tinham sofrido acidente, tudo, obviamente, atendendo a legislação em vigor quanto a proteção de dados, das normas éticas e das normas de segurança ao paciente. Ainda, durante essas atividades, enquanto uma parte do grupo ia visitar o hospital, a outra parte do grupo tinha aula de primeiros socorros: como é que eu devo atuar num cenário de emergência, para quem eu ligo, como eu faço, o que eu faço? Todo esse processo acompanhado pelos alunos que participam do projeto como um todo”, comenta o professor Joaquim.

A outra frente, realizou atividades no trânsito da cidade, por meio das parcerias firmadas. “Fizemos blitzes em bares de Campinas, fazendo bafômetro, explicando esse tipo de atividade de uma forma lúdica com cartilhas, que foram desenvolvidas em parceria com a EMDEC, para que pudéssemos mostrar o risco de beber e dirigir logo em seguida”, explicou o professor. “Participamos também de algumas atividades no mês de maio junto aos motociclistas, tentando conscientizar quanto a questão de imprudência no trânsito”, completou.

Além disso, um grande simulado foi realizado em uma importante avenida de Campinas, para entender melhor o funcionamento de todos os setores envolvidos em um acidente.  Em junho, também foi adicionado à programação algumas rodas de conversa, com a colaboração e o apoio do Vitalità, visando entender a questão do idoso no trânsito, como usuário do sistema de transporte público e como pedestre.

“Ao longo do ano, nós desenvolvemos várias ações. Todas foram tabuladas, analisadas e divulgadas na forma de trabalhos em eventos de extensão. E, com isso nós tivemos a felicidade de participar de vários eventos em que submetemos para avaliação de comissões avaliadoras. Todos as nossas ações foram muito bem avaliadas e, em mais de 50% delas fomos premiados”, relembra o orientador do projeto.

Os trabalhos realizados em relação à segurança no trânsito foram destaque em vários espaços. No Pré-Comasp – evento acadêmico organizado pelos alunos da Faculdade de Medicina da PUC-Campinas – foram quatro trabalhos enviados. Dois deles premiados (1º lugar em Medicina Social – Maio Amarelo; e 2º lugar em Medicina Social:  pôster – BLS). Em Evento na Universidade do Cariri conseguimos o primeiro lugar na categoria Educação; e no COMAU (Congresso Médico Acadêmico da UNICAMP), novamente conseguimos o primeiro lugar na categoria Saúde Coletiva.

“O reconhecimento externo nos aponta algumas coisas: Inicialmente, as características da nossa Instituição, seu posicionamento na sociedade, atuante e preocupada com o social, pois à medida que projetos de extensão são apoiados, todos se beneficiam. O fato de termos recebido tantos prêmios mostra também que o eixo de trabalho e o desenvolvimento dos trabalhos dos acadêmicos estão em consonância com os anseios da sociedade. E as parcerias conquistadas, inclusive internacionais, mostram o alinhamento do eixo Universidade, Extensão e Sociedade acontecendo de maneira concreta e consistente”, completa o professor Joaquim.

O outro pôster premiado foi sobre “Promoção de saúde mental e prevenção ao suicídio em contextos vulneráveis de educação e assistência social“, da Profa. Dra. Tatiana Slonczewski, da Faculdade de Psicologia da PUC-Campinas, que recebeu menção honrosa na II Mostra de Extensão da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp.

O tema da saúde mental tem estado presente em vários espaços da sociedade e faz parte de uma atuação sólida realizada há tempos pela professora, na prevenção ao suicídio. O projeto de prevenção ao suicídio e de promoção da saúde mental atua em escolas públicas estaduais, no Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) e também com serviço de abordagem social de pessoas em situação de rua.

Os trabalhos contaram com a ajuda dos estudantes Isabela Franco Dias (Medicina), Amanda Müller Sacilotto (Medicina), Larissa Gimenez Oliveira (Enfermagem) e Pedro Henrique Fernandes Medeiros (Psicologia). “O reconhecimento desse trabalho é, de alguma forma, legitimar o que a gente faz todo dia juntos. E eu acho que, para eles (estudantes), foi uma grande satisfação ter recebido. Para mim, foi, com certeza, como orientadora, mas acho que, para eles, é uma forma de reconhecer a qualidade de toda dedicação que eles têm feito ao projeto, que é maravilhoso ver tudo isso que eles fazem. Então, eu acho que é o reconhecimento também do trabalho diário deles, do esforço diário, que esse projeto de extensão não se realizaria se não tivesse tido a participação dessas meninas e meninos”, comenta a professora.

O resultado foi recebido com bastante satisfação pela Pró-Reitoria de Pesquisa, de Pós-Graduação e Extensão da Universidade, nas palavras da Profa. Vera Placido, Gerente de Extensão e que também participou da II Mostra de Extensão da FCM, “a extensão tem uma forma própria de acontecer, pautada na troca, no diálogo entre os diferentes saberes. Assim, produzimos um conhecimento emancipatório. Aonde vamos, as comunidades que nos recebem e permitem a realização das nossas ações possuem um vasto conhecimento. Há um saber institucionalizado que se estabelece a partir das relações comunitárias, a partir das suas dores, das suas demandas. É nessa troca de saberes, é nessa ponte, que a extensão está e se faz cada vez mais necessária”.

 



Carlos Giacomeli
5 de dezembro de 2023