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Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Infraestrutura Urbana completa 10 anos

Sustentabilidade, novas tecnologias, planejamento e políticas públicas são campos em que o Programa fixa olhares. Evento de comemoração acontece no dia 6 de maio

O Programa de Pós-Graduação (PPG) em Sistemas de Infraestrutura Urbana completa 10 anos no próximo dia 6 de maio com uma programação especial de comemoração. Mas, além do evento especial, há muito a comemorar nessa trajetória.

“Creio que o sentimento é felicidade e de inquietação. Felicidade pelas conquistas obtidas, como ter alcançado a nota 4 (Avaliação CAPES) no quadriênio 2017/2020, por termos realizado parcerias diversas que resultaram em pesquisas importantes e de impacto, por ver o desenvolvimento da carreira profissional de diversos egressos. E inquietude por saber que um programa de pós-graduação não pode parar de evoluir nunca”, comenta a coordenadora do Programa, Profa. Dra. Lia Pimentel.

O PPG – que tem por objetivo investigar e pesquisar os problemas relacionados à urbanização da Região Metropolitana de Campinas, bem como de outras Regiões Metropolitanas – foi aprovado e recomendado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) do Ministério da Educação (MEC). Os Sistemas de Infraestrutura Urbana podem ser ligados aos recursos hídricos, sistema viário, energia, telecomunicações e resíduos.

“A formação de mestres traz um diferencial importante na carreira profissional. No programa em Sistemas de Infraestrutura Urbana, o objetivo primordial é qualificar seus alunos para a pesquisa e à docência. Os temas de pesquisa em Sistemas de Infraestrutura Urbana são vários, devido à abrangência e à complexidade que compõe o meio urbano. Com isso, os candidatos que o programa recebe são das mais variadas áreas de formação: Engenharia Civil, Ambiental e Sanitária, Elétrica, Química e também de outros cursos, como Química, Arquitetura e Ciência da Computação”, ressalta a coordenadora.

No decorrer dos anos, o programa se fortaleceu com pesquisas em duas linhas de pesquisa: “Sustentabilidade de Sistemas de Infraestrutura Urbana” e “Planejamento Integrado e Gestão de Sistemas de Infraestrutura Urbana”.

A linha de Sustentabilidade é apoiada por pesquisadores dos grupos de pesquisa: “Tecnologia de ambiente construído”, “Modelagem Matemática” e “Sustentabilidade ambiental das cidades”.

A Sustentabilidade Ambiental, por exemplo, trabalha temas de extrema importância do cotidiano das cidades. Um dos grupos de pesquisa trata da contribuição que as áreas verdes e os serviços ecossistêmicos prestam às cidades, como os remanescentes florestais, florestas urbanas, parques e praças, contribuem na questão da infiltração de água no solo – para minimizar efeitos de enchentes urbanas, por exemplo, e na questão da melhoria do microclima, para adequar as cidades às mudanças climáticas, a questão da manutenção da biodiversidade, entre outras.

Para a Profa. Dra. Regina Longo, o momento já é de se pensar nas adaptações necessárias às mudanças climáticas. “Não dá para falarmos hoje de cidades inteligentes, cidades sustentáveis, se não falarmos dessas adaptações do meio urbano às questões dos extremos climáticos. As áreas verdes, no contexto geral, são importantíssimas para isso. Elas são, de imediato, a melhor ação que podemos fazer para tentar nos adaptar a essas mudanças, que afetam tanto o clima, quanto podem provocar enchentes. E essas áreas vão trabalhar nesse sentido. Elas são superimportantes dentro da área urbana, dentro do conceito de cidades inteligentes e sustentáveis”, comenta.

A linha de pesquisa Planejamento tem a contribuição dos grupos de pesquisa: “Eficiência energética”, “Modelagem e Controle de Processos”, “Quimiometria e Desenvolvimento de Sensores” e “Sistemas Inteligentes”.

O campo contempla projetos como foco no desenvolvimento de cidades inteligentes a partir de métodos e técnicas que contribuam para a otimização do uso da energia elétrica; a melhoria da eficiência energética em dispositivos, redes elétricas e edificações urbanas; a inserção de fontes renováveis de energia no ambiente urbano; o desenvolvimento de metodologias e softwares para avaliação, gestão e otimização de elementos de redes de teleinformática e telecomunicação; o monitoramento, planejamento integrado: e a gestão de sistemas de infraestrutura urbana, conforme informou a Profa. Dra. Lia Mota, líder do grupo Eficiência Energética.

“O Grupo de Pesquisa em Eficiência Energética, da PUC-Campinas, é focado no desenvolvimento e na aplicação de tecnologias, métodos e softwares voltados ao planejamento e à gestão das cidades, considerando seus diversos sistemas de infraestrutura, como transporte, energia e telecomunicações”, comenta a docente.

Outro trabalho importante, fruto do PPG, foi o trabalho desenvolvido pela Profa. Dra. Nadia Forti, sobre barras de polímero reforçado com fibra, que começou a ser estudado para aumentar a durabilidade de estruturas de concreto armado, além de outras vantagens, como redução de custos. Nesse sentido a professora orientou três alunas de mestrado na área de estrutura de concreto utilizando esse material.

O texto “Práticas Recomendadas sobre Estruturas de Concreto Armado com Barras de Polímero Reforçado com Fibras (FRP)”, do qual participou da elaboração, teve por objetivo difundir boas práticas de engenharia e estabelecer as bases para futuros trabalhos de normalização técnica. Foi finalizado e publicado em 2021. Depois, os trabalhos seguiram para o desenvolvimento de normas técnicas relativas ao Projeto de Estruturas de Concreto Armado com Barras de FRP e uma segunda questão, sobre Especificação, Classificação e Ensaios das Barras de FRP, trabalhada pela professora, que coordena a comissão de Estudo Especial de Materiais Não Convencionais para Reforço de Estruturas de Concreto da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT/CEE 193).

“Foi um trabalho importante para o setor, que caminhou para a composição de duas comissões para elaboração de projeto de norma sobre o assunto. A primeira comissão finalizou o texto sobre ‘Projeto de Estruturas de Concreto Armado com Barras de FRP – Procedimento’ e a segunda comissão, que coordeno, tem como foco ‘Barras de polímero reforçado com fibras (FRP) destinadas a armaduras para estruturas de concreto armado’. Nessas comissões, alunos e ex-alunos da Pós-Graduação em Sistemas de Infraestrutura Urbana têm participação ativa nas discussões e contribuições”, ressalta a docente.

Esses são apenas alguns exemplos de trabalhos importantes realizados durante toda a trajetória. Mas todo esse crescimento e conquistas não param por aí. A Universidade quer mais e busca a criação do Doutorado. “A meta é nos tornarmos um curso completo, com Mestrado e Doutorado. Para isso, temos uma comissão iniciando os trabalhos, em conjunto com toda a comunidade, para elaboração do projeto de curso do Doutorado”, adianta a professora Lia.

Evento de comemoração

No próximo dia 6 de maio, às 18h, acontece a celebração dos 10 anos do PPG de Sistemas de Infraestrutura Urbana. O evento acontecerá no Auditório do Campus I. Na programação, às 18h30, está agendada uma palestra com o Prof. Dr. Rômulo Orrico Filho, coordenador da área de engenharia I da CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.

Depois, às 19h30, haverá a aula inaugural com o Prof. Dr. Paulo Roberto do Lago Helene, professor titular da Universidade de São Paulo (USP), especialista em “Patología de las Construcciones” pelo Instituto Eduardo Torroja, em Madri, Espanha; doutor em Engenharia pela USP; e pós-doutor pela Universidade da Califórnia, em Berkeley.

Clique aqui e acesse a programação completa.



Carlos Giacomeli
29 de abril de 2024