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A Pesquisa Cesta Básica PUC-Campinas aponta que em março de 2006 o custo médio da cesta na cidade de Campinas teve aumento de 0,14% em relação a fevereiro. O custo médio da cesta em março foi de R$ 366,30 – equivalente a 122% do valor do salário mínimo –, enquanto que em fevereiro foi de R$ 365,79. Ainda assim o aumento foi inferior ao da pesquisa de fevereiro – em comparação aos preços de janeiro –, que chegou a 0,34%. Enquanto o custo médio da cesta de fevereiro foi de R$ 365,79, a de janeiro foi de R$ 364,53.

A pesquisa de março aponta que no custo médio dos alimentos houve, no entanto, tendência de queda. Em março o custo médio foi de R$ 202,99 e em fevereiro, de R$ 203,07, portanto decréscimo de 0,04%. Mas alguns dos produtos tiveram substanciais ajustes de preços no período: o feijão aumentou 20,14%, o leite 5,47% e o açúcar 4,02%. Embora com percentuais menores, outros gêneros alimentícios – como a laranja e a margarina – também tiveram aumento no mês de março.

Quanto aos produtos de higiene e limpeza, em março o creme dental e o sabão de barra apresentaram queda nos preços de 7,69% e 0,17%, respectivamente. Já o sabonete apresentou aumento de 5,46%. Em média, os produtos de higiene e limpeza apresentaram redução de preços de 0,04% no mês de março.

Os preços públicos ficaram estáveis no mês de março. Exceção do gás de cozinha, que subiu 2%. Durante o mês, o preço médio do botijão de 13 kg foi de R$ 30,60. Este aumento levou a Agência Nacional de Petróleo (ANP) a apresentar proposta de regulamentação da venda do gás liquefeito de petróleo, prevendo preços mais baixos para o produto destinado a botijões de até 13 quilos, o que beneficiaria os consumidores mais pobres.

De acordo com o professor Cândido Ferreira da Silva Filho, coordenador da pesquisa, um trabalhador com remuneração de 1 salário mínimo mensal precisaria trabalhar durante março 268 horas e 37 minutos para adquirir a cesta básica. Por conseguinte, um trabalhador de salário mínimo que cumpre jornada de 44 horas semanais ou 220 horas no mês, necessitaria de mais de 32 horas extras para adquirir a cesta (supondo que a remuneração da hora extra seja 50% superior ao valor da hora normal trabalhada).

Pesquisa surgiu com o Plano Cruzado

A Pesquisa Cesta Básica PUC-Campinas, concluída na segunda semana de cada mês (relativa aos dados do mês anterior), é um programa de extensão da Faculdade de Ciências Econômicas. São computados os cálculos dos preços comparativos de alimentos, produtos de higiene e limpeza, preços administrados pelo setor público e gás de cozinha. Além do seu coordenador, o professor Cândido Ferreira da Silva Filho, os alunos responsáveis pelos levantamentos de dados são orientados pelos professores José Milton Sanches e Oswaldo Tanaka.

O programa foi criado pelo professor Cândido Ferreira da Silva em 1993, no início do Plano Cruzado. Com o seu falecimento, em outubro de 2005 Cândido Filho assumiu a coordenação. “Nosso plano, em breve, é estender os levantamentos para toda a Região Metropolitana de Campinas”, informa.

A pesquisa tem por objetivo avaliar o custo mensal de uma cesta básica capaz de atender às necessidades de alimentação, higiene e limpeza, e serviços públicos de uma família composta por quatro pessoas – dois adultos e duas crianças – com renda mensal de 1 a 5 salários-mínimos. Por meio do cálculo mensal do custo da cesta básica são obtidos indicadores dos aumentos de preços que afetam a vida da camada de renda mais baixa da população.

Para composição do custo da cesta básica são pesquisados os preços de 21 itens, sendo 14 produtos básicos alimentares, 3 itens de higiene e limpeza, 3 tarifas administradas pelo setor público e os preços do gás de cozinha.

Os alimentos relacionados devem proporcionar o consumo de 2,4 mil calorias diárias, sendo 10% proveniente de proteínas, 30% de lipídios e 60% de glicídios. O levantamento de preços é realizado todas as semanas nos principais supermercados de Campinas.



Portal Puc-Campinas
12 de abril de 2006