Universidade em saída: PUC-Campinas participa de mutirão de atendimento à população de rua

Ação foi realizada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, no Largo do Rosário, em Campinas

A PUC-Campinas esteve presente no 2º Mutirão de Atendimento à População em Situação de Rua de Campinas “‘Pop Rua Jud”, realizado pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, no início de abril. A Universidade esteve presente com a equipe da Assistência Judiciária (AJ) e do Núcleo de Ensino Clínico em Direitos Humanos (NEC-DH) e o Programa de Desenvolvimento Humano Integral – Levante-te e Anda (PDHI:LA). As atividades aconteceram na Praça Visconde de Indaiatuba, conhecida como Largo do Rosário, no Centro, com mais de 30 serviços de cidadania e acesso à justiça. A ação já havia feito sucesso em sua primeira edição, realizada em 2023, com cerca de 1 mil atendimentos.

O objetivo da ação, que também teve a parceria da prefeitura de Campinas, foi facilitar o acesso desses serviços por parte das pessoas em situação de rua e de vulnerabilidade social, na área jurídica, assistencial e de saúde. Ao todo, foram registrados mais de 890 atendimentos pelas 40 entidades que participaram do mutirão.

A equipe da PUC-Campinas atuou na triagem dos serviços do evento e também encaminhando as pessoas às tendas de atendimento.

Para o Juiz Federal da Justiça Federal em Campinas, Dr. Renato Câmara Nigro, foi uma oportunidade de aproximar os estudantes desse público que tanto precisa.  “A colaboração de instituições de ensino como a PUC-Campinas foi essencial na parceria, especialmente na triagem inicial dos assistidos, que precisavam ser destinados aos diferentes serviços existentes no mutirão. Outra parte muito interessante foi aproximar os estudantes desse público carente, para desmistificar o estereótipo de pessoas perigosas e fomentar a autoridade e solidariedade dos alunos e alunas”, afirmou.

Na visão da Profa. Ma. Elisangela Rodrigues de Ávila, Integradora Acadêmica e professora do Curso de Direito da PUC-Campinas, é importante levar essa oportunidade para pessoas que, muitas vezes, são invisibilizadas. “Assim como ocorreu no ano de 2023, acredito que a participação da AJ, NEC-DH e Faculdade de Direito no 2º Mutirão ‘Pop Rua Jud’, idealizado e organizado pela Justiça Federal, significou, novamente, uma experiência ímpar para nossos alunos e professores! É sempre muito gratificante podermos contribuir com projetos dessa natureza, sobretudo para viabilizar o acesso a direitos e à dignidade humana para pessoas de tamanha invisibilidade e vulnerabilidade social”, ressaltou.

“Esta ação da PUC-Campinas neste evento foi articulada internamente com a equipe da Assistência Judiciária (AJ) e do Núcleo de Ensino Clínico em Direitos Humanos (NEC-DH) e o Programa de Desenvolvimento Humano Integral: Levanta-te e Anda (PDHI:LA) reforçando a missão da PUC-Campinas e nosso compromisso da Universidade em Saída, podendo contribuir em projetos e intervenções com a participação dos nossos docentes e alunos”, afirmou a Pró-Reitora de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão, Profa. Dra. Alessandra Borin Nogueira.

“A Universidade em Saída, se aproxima do outro e, nesse movimento para fora, se expande a compreensão de outras dimensões da vulnerabilidade social que não são “definidas” no sentido strictu sensu, apenas. A empiria complementa a teoria e prática. No retorno, novas ressignificações tornam-se novamente objeto de compreensão e debate pela comunidade acadêmica. Tem-se, então, uma circularidade importante para o conhecer, o sentir e o agir, dimensões tão importantes da própria vida humana”, explicou a Profa. Dra. Vera Lúcia Plácido, Gerente de Extensão da PUC-Campinas.

Para o responsável pelo PDHI:LA, professor Everton Silveira, “trata-se, portanto, de uma ação de significativa relevância, especialmente por se direcionar a uma população historicamente marcada por processos de invisibilidade social. Nesse sentido, a realização de uma ação dessa natureza, por si só, já representa uma intervenção de fundamental função social, pois incide sobre uma das dimensões estruturais da problemática: a necessidade de envolvimento efetivo dos poderes constituídos, das políticas públicas e da sociedade civil, além de instituições de educação”, afirmou.