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PUC-Campinas elabora projeto de hospital de campanha com 65 leitos em Sumaré

Estrutura poderá ser montada para auxiliar atendimento no Hospital Estadual

Professores da PUC-Campinas realizaram o projeto de um hospital de campanha, com 65 leitos, que poderá servir de apoio ao Hospital Estadual Dr. Leandro Franceschini, de Sumaré. O local foi projetado para servir de atendimento inicial de casos suspeitos de coronavírus e ficará em um espaço anexo ao hospital.
Segundo o diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Fábio Muzetti, o objetivo foi auxiliar o hospital, que é um dos maiores de atendimento exclusivo pelo SUS na região, a pedido do Ministério Público Federal. Em conjunto com o governo do Estado, Exército e a Diretoria da Instituição, professores da Universidade conversaram com médicos e enfermeiros para elaborar o projeto e atender às suas principais necessidades.
A estrutura poderá ser erguida em 48 horas por empresas especializadas em montagem de tendas e espaços para eventos. Depois disso, deverão ser instalados equipamentos e ligações para fornecimento de gás, oxigênio, água e energia. A expectativa é que, em uma semana, o hospital possa estar funcionando.
“Estávamos preocupados, pois atendemos uma população de 1,2 milhão de habitantes na região. Já aumentamos nossa UTI de 24 leitos, abrindo mais 18 vagas, mas, se o pior ocorrer, precisaremos de mais leitos. O projeto feito pela PUC-Campinas de forma tão rápida atende às nossas necessidades e agora vamos apresentar à Secretaria de Saúde. Caso seja necessário e ela libere a verba, estamos com o projeto pronto e o planejamento para implantação definido”, disse Maurício Wesley Perroud Júnior, diretor-superintendente do hospital.
O professor Caio de Souza Ferreira, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, um dos elaboradores do projeto, diz que foi um desafio realizar o trabalho em menos de uma semana, seguindo os padrões exigidos para hospitais de campanha. “O Hospital Estadual funciona em um prédio enorme, de sete andares. Precisamos achar uma área separada do hospital para atender os pacientes suspeitos e no início de tratamento do coronavírus, mas que, ao mesmo tempo, tivesse acesso às UTIs para os casos que se tornassem mais graves. Além dos leitos, há espaços para triagem, consultas, enfermagem, higienização e exames de imagem”, conta.
Junto aos professores da Arquitetura, o professor Victor Deantoni, da Engenharia Civil, participou da elaboração do projeto cuidando do planejamento da parte do esgotamento, abastecimento de água e outras áreas básicas.
Para definir o projeto, eles conversaram com profissionais que trabalham no local, a Diretoria, profissionais que estão erguendo hospitais de campanha na cidade de São Paulo e empresas de montagem, além do Exército, que deve auxiliar na montagem da estrutura, se necessário.



Marcelo Andriotti
6 de abril de 2020