
Mescla recebe trilha formativa sobre transformação digital na saúde
Encontro contou com a presença do Reitor da Universidade e especialistas no tema
O Mescla, da PUC-Campinas, promoveu, na última quarta-feira (16), uma trilha formativa sobre “transformação digital na área da saúde”. O evento, que contou com a presença e a fala inicial do Reitor da Universidade, Prof. Dr. Germano Rigacci Júnior, debateu temas sensíveis sobre o impacto das novas tecnologias no setor e como encontrar novas soluções para otimizar os trabalhos na saúde.
O evento, que também contou com a presença da Pró-Reitora de Graduação, Profa. Dra. Cyntia Belgini Andretta, reuniu cerca de 100 inscritos que puderam acompanhar os painéis com especialistas no assunto.
“Toda essa discussão tem um propósito: levantar questões, problemas, mas também soluções que nos ajudem a refletir sobre como, enquanto universidade, podemos associar tecnologia à formação dos nossos estudantes na área da saúde. E, ao mesmo tempo, como nossos estudantes de outras áreas podem contribuir para o desenvolvimento de tecnologias voltadas aos problemas da área de saúde”, afirmou o Prof. Dr. Germano Rigacci Júnior em sua fala de abertura.
Os painéis foram mediados pela Diretora de Inovação da PUC-Campinas, Dra. Diane Teo de Moraes, e tiveram como convidados o superintendente do Hospital PUC-Campinas, Dr. Aguinaldo Catanoce; o diretor de Inovação da Qualcomm, Erik Nakandakare; o CEO da IAtros, Dr. Rômulo Farias; e o superintendente de Tecnologia da Informação da Unimed, Dalbi Arruda.
Os especialistas abordaram diversos aspectos da gestão da saúde nas empresas, os espaços que podem ser ocupados pelas novas tecnologias e a modernização necessária de todo o sistema.
“A cada busca com 100 palavras, são consumidos 590 ml de água. A discussão sobre inteligência artificial vai deixar de se restringir aos data centers e chegar às aplicações de ponta, já que há alto consumo de água e energia. A busca, portanto, é por mais eficiência na produção e inteligência na ponta”, disse Erik Nakandakare.
“Existem problemas de privacidade dos dados. Ainda hoje, em 2025, utilizam-se sistemas parcial ou totalmente em papel. Os dados são fragmentados, muitas pessoas os manipulam, e, ao acessar o sistema, nem sempre é possível alterar a senha”, comentou Dr. Rômulo Farias.
“A gestão em saúde não é responsabilidade apenas de médicos e enfermeiros, assim como o agronegócio não é apenas do fazendeiro. Trata-se da gestão da informação. E fazer essa gestão com inteligência foi, para mim, o foco mais importante para melhorar a performance do hospital”, afirmou o Dr. Aguinaldo Catanoce.
“O nosso jogo, nesse futuro, é escolher bem as batalhas e os projetos nos quais vamos investir em digitalização, preparando-nos para aproveitar as oportunidades quando surgirem. Na prática, temos uma operação pesada em andamento — não dá para apenas olhar para a frente e esquecer do dia a dia”, ressaltou Dalbi Arruda.
Ao final, os participantes puderam esclarecer dúvidas, até mesmo de olho em apresentar soluções para o futuro, que podem ser desenvolvidas dentro do Mescla.
Para a Diretora de Inovação da PUC-Campinas, Diane Teo de Moraes, trata-se de um assunto importante para ser debatido nos dias atuais. “Precisamos trazer discussões como esta, com profissionais experientes de mercado, para dentro da Universidade. Aproximarmos os alunos dos desafios reais, como estes exigidos para a digitalização da saúde. É uma oportunidade de aprendizado baseado em problemas concretos, de desenvolvimento de cultura empreendedora e, sem dúvida, de termos uma universidade mais alinhada ao mercado”, disse.