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Os dados do Boletim Econômico – Acompanhamento Finanças Públicas, referente ao mês de abril, teve uma redução comparado com o mês de março. A diminuição se deve ao fato de arrecadação do IPVA, concentrada tipicamente nos três primeiros meses do ano, e em parte a um volume de repasses menor do ICMS no mês de abril. No entanto, no comparativo com os mesmos períodos no ano de 2009, verificam-se números sempre positivos.

O volume de repasses recebidos em abril totalizou R$ 155,7 milhões, número 27% superior aos R$122,9 milhões que haviam sido recebidos em 2009. No acumulado do ano 2010, a Região Metropolitana de Campinas (RMC) contabiliza R$ 875,2 milhões até abril, uma alta de 14,2% em relação ao acumulado até abril de 2009.

Esta alta é verificada tanto nos repasses do ICMS (18,7% maior) quanto do IPVA (5,19% maior). A perspectiva para os meses seguintes segue sendo de superação dos valores relativos aos mesmos períodos em 2009. Os dados do Boletim Econômico da PUC-Campinas Acompanhamento Finanças Públicas é feito pelo professor Pedro de Miranda Costa do Centro de Economia e Administração (CEA) da PUC-Campinas.

Comércio Exterior

Os dados do Boletim Econômico – Acompanhamento Comércio Exterior no mês de abril apresentou uma pequena queda no valor das exportações e importações da RMC. Este fato, no entanto, não indica uma crise nas atividades externas da região, identifica-se mais como resultado de um efeito sazonal associado com instabilidades ocorridas no mercado externo.

No acumulado do ano, comparando o primeiro quadrimestre de 2010 com o primeiro quadrimestre de 2009, a região mostra que continua firme no seu processo de recuperação do fluxo de comércio exterior, a exportação apresentou crescimento de 16,6% e a importação aumentou em 27%.

De acordo com a pesquisa, os dados poderiam ser melhores para a região, mas refletem a dificuldade de se expandir mais fortemente as vendas externas, dadas pelo momento de valorização por que passa o real frente ao dólar e pelas dificuldades que muitos países estão tendo para iniciarem um novo ciclo de crescimento econômico, vide o caso da Europa, com muitos países envolvidos com crises financeiras.

Os municípios de Sumaré e Indaiatuba se destacaram, ultrapassando, em valores exportados, os municípios de Jaguariúna, tradicional exportador de eletro-eletrônicos e Paulínia, que se destaca na exportação de bens da indústria química. Campinas, pela diversidade industrial que apresenta continua como o município com maior exportação da RMC.

O destino da exportação se concentrou um pouco mais na América Latina, com destaque para o MERCOSUL, principal destino das exportações da grande maioria dos municípios da RMC. As exportações para O MERCOSUL cresceram 38,5% no quadrimestre. Com o crescimento econômico observado em todo o país e também na RMC neste início de 2010, a região intensificou sua importação de bens, em especial bens intermediários utilizados na produção de bens finais, com destino ao mercado interno. Desta forma, a região é estruturalmente deficitária em relação ao balanço de seu comércio exterior. O Acompanhamento Comércio Exterior é realizado pelo professor do Centro de Economia e Administração (CEA) da PUC-Campinas Adauto Roberto Ribeiro.

Emprego

Neste terceiro mês de 2010, a criação de emprego na RMC foi a mais elevada do ano. No acumulado a RMC, já gerou 15.163 postos de trabalho. Apesar dos resultados favoráveis a indústria de transformação ainda não recuperou o nível de emprego pré-crise. Este comportamento é esperado, pois as atividades de serviço que estão se desenvolvendo são de apoio à atividade produtiva. Ou seja, depois que as atividades industriais de recompõem há um incentivo ao desenvolvimento de atividades terciárias de serviços e comércio.

Seguindo a tendência do mês anterior, a grande empresa continua contratando, o que é um fato positivo, dada sua maior capacidade de remuneração. Contudo, a pequena empresa continua apresentando elevado dinamismo na geração de emprego. Por fim, confirmam-se mais uma vez a preferência por trabalhadores mais jovens, cujo nível de remuneração é sistematicamente inferior, em tono de 25%, do que é pago aos adultos (24 a 39 anos). O Acompanhamento Emprego na RMC do Boletim Econômico PUC-Campinas é realizado pela professora do Centro de Economia e Administração (CEA) da PUC-Campinas Eliane Navarro Rosandiski.

Indicadores Macroeconômicos

A Produção Industrial segundo dados do IBGE avançou 2,8% no mês de março de 2010 em relação ao mês anterior, acumulando em quatro meses de expansão com um ganho de 5,7%. Frente a março de 2009, a atividade fabril apontou crescimento de 19,7%, quarto resultado positivo de dois dígitos consecutivo nesse tipo de comparação. No fechamento do primeiro trimestre de 2010, o setor industrial avançou 18,1% frente a igual período do ano anterior e 3,0% no confronto com o trimestre imediatamente anterior – série com ajuste sazonal.

A taxa de desemprego apurada pelo IBGE em março de 2010 foi de 7,6%, com crescimento de 0,2% na comparação mensal para o conjunto das seis regiões metropolitanas. Frente a março de 2009 houve queda de 1,4%. Já as informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED/DIEESE – mostram que, em março, o contingente de desempregados no conjunto das seis regiões metropolitanas onde a pesquisa é realizada foi estimado em 2.767 mil pessoas, 149 mil a mais do que no mês anterior. A taxa de desemprego total cresceu de 13,0%, em fevereiro, para os atuais 13,7%, em movimento típico para o período. Ainda assim, é a menor taxa para o mês de março, desde 1998, segundo o Dieese. A pesquisa completa pode ser acessada no site www.puc-campinas.edu.br/imprensa.

Atendimento à Imprensa:
Ana Paula Moreira
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Portal Puc-Campinas
7 de junho de 2010