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PUC-Campinas sedia Seminário de Boas Práticas na Educação

As discussões focaram as ações pedagógicas para a inclusão de alunos com necessidades especiais e deficiências nas classes regulares

 

A PUC-Campinas sediou, nos dias 4 e 5 de dezembro, o IV Seminário de Boas Práticas “Ações pedagógicas para inclusão de alunos com necessidades especiais e deficiências nas classes regulares”. O evento foi realizado pela Diretoria de Ensino Campinas Leste e contou com o apoio da Universidade.

O seminário contou com a participação de 79 escolas estaduais da Diretoria Leste e apresentou as boas práticas executadas no dia a dia das escolas. Uma das ações apresentadas foi a da Escola Estadual Castinauta de Barros Mello e Albuquerque que trouxe o relato da experiência com a biointeração animal na educação especial.

De acordo com a Professora de Educação Especial, Lúcia Regina Voltani, trabalhar com animais como corujas, cães, bichos-pau, baratas de Madagascar, araras, jabutis, entre outros, melhora a qualidade de vida dos alunos. “Trabalhamos cada animal em sua especificidade e, a partir dele, trabalhamos na criança o nível de atenção, concentração, coordenação, a aprender com o diferente, observação, orientação de espaço temporal, o saber cuidar, cores, além de características físicas e da oralidade”, detalhou.

A Professora da Educação Básica, Carla Charaba, explicou que, a partir do que a criança conhece com os animais, ela começa a entrar no processo de alfabetização. “Muitos alunos começam sem conseguirem se expressar verbalmente e com a biointeração vão demonstrando que estão gostando. Este ano, focamos a alimentação saudável e trabalhamos com eles o que o cão Bob come de saudável, os alunos elegeram a cenoura e a beterraba, então plantaram, colheram e degustaram esses alimentos. Ao final do projeto, as crianças levaram uma cesta com cenouras e beterrabas para casa, junto com receitas saudáveis para o preparo desses alimentos.”

Segundo a Professora Luciane Martini, da Diretoria de Ensino de Campinas Leste, apresentar essas boas práticas que acontecem nas escolas é o momento em que se torna possível que elas extrapolem os muros das instituições. “Hoje cada vez mais estamos recebendo alunos com necessidades especiais, então, precisamos destinar o olhar para essa realidade, porque esses alunos têm o mesmo direito que qualquer outro”, ressaltou.

Para a Diretora da Faculdade de Educação da PUC-Campinas, Profa. Dra. Eliete Aparecida de Godoy, é importante para o Curso ter essa relação com a rede estadual de ensino, porque é o campo de trabalho de muitos dos alunos formados na Universidade, sendo que muitos deles já ingressam na rede durante o período de estágio. E, mais do que isso, é um momento de se pensar as práticas que possibilitam o acesso da criança ao conhecimento. “Cada vez mais nós temos que estar preparados para promover o aprendizado diante da diversidade e para a real inclusão. É preciso uma tomada de consciência de que temos as nossas especificidades, e diante disso, conseguir identificar como pedagogicamente a gente pode contribuir para o processo de aprendizagem do indivíduo, mostrar para a comunidade educacional que o processo de inclusão deve ser pensado de uma maneira muito mais complexa”, finalizou.

 

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Silvia Perez de Freitas
6 de dezembro de 2018