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Projetos que favorecem autonomia de deficientes visuais são exibidos na 8ª Mostra de Inclusão

Trabalhos são desenvolvidos por alunos da Faculdade de Engenharia Elétrica

Quatro projetos de alunos da Faculdade de Engenharia Elétrica da PUC-Campinas, desenvolvidos para o Projeto de Extensão em Inclusão Social/Digital de Deficientes e também como propostas de trabalho de conclusão de curso (TCC), foram exibidos nesta segunda-feira, dia 9 de dezembro, aos assistidos pelo Centro Cultural Louis Braille de Campinas, com o qual a Universidade mantém parceria há quatro anos.

A 8ª Mostra de Trabalhos de Inclusão, que ocorreu nas dependências da entidade parceria, teve como propósito apresentar as soluções preparadas pelos estudantes no sentido de aumentar a autonomia de pessoas com deficiência visual. Os projetos foram feitos a partir das necessidades apontadas pelos usuários do Louis Braille nas rodas de conversa realizadas no decorrer do ano.

“Este trabalho se insere na missão da PUC-Campinas de produzir, sistematizar e compartilhar os conhecimentos por meio de atividades de ensino, pesquisa e extensão, buscando a capacitação profissional de excelência, a formação integral da pessoa humana e a contribuição para construir uma sociedade justa e solidária”, afirmou o Prof. Dr. Amilton da Costa Lamas, responsável pelo Projeto de Extensão ‘Engenharia Elétrica e a Inclusão Social/Digital de Deficientes’.

As soluções, desenvolvidas no laboratório de Meios de Transmissão da Universidade com o apoio de docentes, foram pensadas para o público com baixa visão por meio de jogos que estimulam a cognição e o reconhecimento de cores e sequências, e também às pessoas com perda total da visão através de tecnologias que facilitam a locomoção.

O formando Bruno Vettorato, por exemplo, demonstrou aos presentes seu dispositivo de auxílio à navegação autônoma de deficientes visuais. O sistema, que pode ser acoplado a uma bengala, é composto por um sensor que faz a leitura de cores e um alarme sonoro capaz de informar aos usuários a direção correta do trajeto desejado. O objetivo é simplificar o deslocamento em locais fechados, como lojas e supermercados.

“É um grande desafio. Antes de qualquer coisa, nós precisamos compreender o que eles querem e como funciona a mente de quem apresenta a deficiência visual. Às vezes, nós imaginamos que algo está bom, mas na prática a solução não funciona aos usuários. Esse intercâmbio de ideias é o que nos permite aprimorar e elaborar um produto viável às necessidades deles”, enalteceu o estudante.

Todos os dispositivos, inclusive os já apresentados em mostras anteriores, continuam em posse do Centro Louis Braille para a utilização dos atendidos. “Essa parceria é muito importante, uma vez que, através de produtos e soluções com tecnologia avançada, possibilita a nós deficientes visuais maior autonomia”, destacou o presidente da entidade, Benedito João Bertola.

O professor Amilton também enfatiza a importância para o crescimento profissional dos alunos. “A grande vantagem para o aluno é vivenciar situações que não acontecem em sala de aula. Aprendem técnicas e relações que nunca vai experimentar dentro dos muros da Universidade. Eles desenvolvem as chamadas soft skills, habilidades cruciais para os engenheiros atualmente, conversando com os deficientes visuais, entendendo suas reais necessidades e procurando, dentro do seu mundo da Engenharia, soluções para esses problemas”, acrescentou.

Assista à reportagem sobre a 8ª Mostra de Inclusão



Vinícius Purgato
9 de dezembro de 2019