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Professora do Serviço Social analisa os 15 anos da Lei Maria da Penha na TV Câmara

A Profa. Dra. Carla da Silva também é vice-presidente da ONG SOS Mulher e Família 

A Profa. Dra. Carla da Silva, do Curso de Serviço Social da PUC-Campinas, participou de um debate na TV Câmara sobre os 15 anos da Lei Maria da Penha. Junto com a advogada Fábia Cristina de Almeida Bigarani, presidente da Comissão da Mulher da OAB Campinas, e as vereadoras Mariana Conti (PSOL) e Paolla Miguel (PT), a professora discutiu a importância da lei e apresentou propostas para o combate à violência contra a mulher.

A professora Carla também é vice-presidente da ONG SOS Mulher e Família, fundada em 1980 e que trabalha diretamente com mulheres e familiares vítimas de violência e também com autores de agressões físicas e psicológicas.

“O debate é importante para socializar as informações e as análises do contexto da violência contra mulher, além de possibilitar o diálogo entre órgãos públicos e privados (legislativo, judiciário, terceiro setor e sociedade civil) para construção conjunta de estratégias de intervenção, proteção e prevenção as violências sofridas pelas mulheres”, disse a professora.

A professora destacou que é preciso analisar e trabalhar com todos os envolvidos com as agressões para analisar como elas ocorrem e traçar planos de combate. Ela destacou que é preciso atuar antes que a violência ocorra e que Lei Maria da Penha sozinha não resolve todos os problemas, é preciso a ação de políticas públicas.

Ela lembrou da importância de se investir em educação e em treinamento de toda a rede de atendimento à mulher. “É preciso qualificar os profissionais que atendem essas mulheres, pois muitas vezes também foram criados sob uma cultura machista. É preciso também atuar dentro das famílias para combater essa cultura”, disse.

Sobre os 15 anos da lei, ela destacou o fato de ser uma lei viva. “É uma lei que, diferente de outras, está sempre em movimento, se alterando conforme a sociedade muda. E quem a mantém viva são as pessoas que fizeram os movimentos em defesa da mulher”, afirmou.

A professora também disse que a Universidade negocia participar junto com outras instituições e movimentos sociais da produção de podcasts e um programa de rádio sobre o tema da violência da mulher, de como se defender e sobre os direitos.

“A Universidade como um campo de geração e aprimoramento do conhecimento, tem por reponsabilidade socializar suas descobertas e contribuir com a construção de estratégias de combate, proteção e prevenção as violências. Acredito que é esse é o nosso papel, buscar informações, analisar, dialogar e construir possibilidades, em conjunto com todos  atores: públicos, privados, sociedade civil e principalmente com as pessoas em vivência de violências”, disse,

O programa pode ser revisto no endereço https://www.youtube.com/watch?v=1PLp39JLKDg



Marcelo Andriotti
30 de agosto de 2021