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Plataforma de acessibilidade desenvolvida na PUC-Campinas ganha variações

Botões de acionamento ganharam versão adaptada para cadeiras motorizadas e outro novo projeto atenderá crianças menores

A plataforma de acessibilidade desenvolvida na PUC-Campinas como projeto da Extensão, que começou a ser criada há cerca de quatro anos sob a coordenação o professor do curso de Engenharia Elétrica da PUC-Campinas Amilton da Costa Lamas, está rendendo frutos. Os estudos iniciais criaram uma plataforma de acessibilidade capaz de transformar qualquer cadeira de rodas, ou mesmo uma cadeira comum, em uma cadeira motorizada.

Agora, os botões de acionamento da plataforma foram adaptados a cadeiras motorizadas por um baixo custo, possibilitando o acionando do equipamento mesmo por pessoas com alto grau de comprometimento dos movimentos. O aparelho foi testado em uma associação de Campinas e possibilitou a autonomia para pessoas que só têm movimentos com a cabeça. Esse acionador adaptado que robotiza cadeiras motorizadas custa cerca de R$ 300. O projeto ganhou destaque em uma reportagem feita pela Rede Globo.

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Em 2020, o então estudante Rafael da Silva Domingues escolheu a plataforma como tema do seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), no projeto que recebeu o nome “Plataforma para treinamento de mobilidade adaptável e tecnologias assistivas”. Em sua versão inicial foi desenvolvida uma plataforma de madeira, com um motor, que poderia ser controlado por um teclado.

Buscando aprimorar a ideia original da plataforma, Rafael desenvolveu acionadores mais amigáveis, além do joystick, permitindo que mesmo crianças com limitações de movimento nos membros superiores possam acionar os comandos de movimento da plataforma. “O desenvolvimento dos acionadores se traduziu em uma significativa redução do custo da plataforma”, contou Rafael.

Os acionadores desenvolvidos pelo ex-aluno da PUC-Campinas têm outra aplicação. Eles podem ser usados para ligar e desligar brinquedos. A possibilidade de desenvolver e comercializar acionadores para brinquedos surgiu a partir da parceria feita com a ONG Nossa Casa, que atende crianças com paralisia cerebral. Usando uma impressora 3D, Rafael fabrica os acionadores que já estão sendo comercializados em todo o Brasil, via internet.

“Mesmo carregando uma tecnologia relativamente simples, estes acionadores têm um custo alto. Meu objetivo é oferecer um produto mais acessível que possa dar autonomia para a criança com paralisia na hora de brincar”, contou Rafael, que já concluiu o curso de Engenharia de Telecomunicações, mas ainda acompanha o desenvolvimento da plataforma com o professor Amilton.

Menores de três anos

Agora a Universidade está desenvolvendo uma plataforma menor, voltada para crianças menores de três anos. Para isso, foi instalado um bebê-conforto em cima da base motorizada.

Ela já funcionou no semestre passado, mas agora está em fase de aprimoramento do mecanismo de conexão entre a roda e o motor, devendo entrar em testes finais nas próximas semanas.



Marcelo Andriotti
8 de maio de 2023