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Você sabia que a qualidade da sua voz interfere na sua qualidade de vida? Foi o que constatou a professora e pesquisadora da Faculdade de Fonoaudiologia da PUC-Campinas Iára Bittante de Oliveira, em recente pesquisa realizada na Clínica de Fonoaudiologia da Universidade. Ela entrevistou 44 pessoas com queixa vocal, de ambos os sexos, com idades entre 19 e 80 anos, em espera para atendimento fonoaudiológico. Os sintomas citados pela maioria das pessoas foram os de fadiga vocal (90%), rouquidão (86,3%), garganta seca (79,5%), sensação de garganta raspando ou ardendo (77,2%), voz que enfraquece à medida do uso (77,2%) e pigarro constante. “O interessante é que o impacto maior desses sintomas é no emocional e não no físico”, disse a professora.

Iára explicou que problemas na voz trazem dificuldades para muitas pessoas na área profissional e pessoal. “Algumas não conseguem emprego, outras não conseguem exercer suas profissões, como professores e teleoperadores”, afirmou. “O resultado é que elas ficam irritadas, entristecidas e com cansaço vocal, o que atrapalha significativamente no relacionamento delas com outras pessoas”, afirmou. Os entrevistados foram divididos em quatro grupos: idosos, trabalhadores profissionais da voz, trabalhadores não-usuários da voz profissional e pessoas que não desempenham trabalho fora do lar. Entre as dicas de cuidados com a voz, a professora recomenda uma boa hidratação e evitar alimentação rica em gordura.

Cerca 40 anos de serviços à população
A Clínica de Fonoaudiologia da PUC-Campinas começou a funcionar em 1970 e, hoje, aproximadamente 700 atendimentos são realizados por mês, todos os gratuitos. Lá, são realizadas atividades que permitem a concretização da missão da PUC-Campinas por meio do tripé ensino-pesquisa-extensão. De acordo com a diretora da Faculdade de Fonoau-diologia, Mariene Hidaka, o compromisso com os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) de Cam-pinas envolve diversos atendimentos, como a avaliação audiológica, a avaliação fonoaudiológica, a terapia individual ou em grupo, as atividades de educação em saúde, bem como aquelas de aperfeiçoamento das habilidades comunicativas. São realizadas, ainda, atendimentos de usuários (e familiares) adultos e idosos com comprometimentos na linguagem decorrentes de transtornos cérebro-vasculares ou traumatismo crânio-encefálico. “Os atendimentos têm não só prestado assistência à comunidade, como possibilitado a realização de pesquisas pelos docentes ou pelos alunos envolvidos com iniciação científica”, disse. Nascida em Macapá, a auxiliar de escritório Divana Aparecida Espírito Santo, 33 anos, há sete meses faz tratamento na Clínica. “As pessoas não me entendiam por causa do meu sotaque. Tinha que falar várias vezes a mesma coisa”, contou. Depois de começar o tratamento na PUC-Campinas, ela percebeu diferenças na hora de falar. “Antes eu falava rápido, respirava rápido e até comia rápido. Agora eu faço exercícios de respiração que melhoram muito a maneira de eu falar.” Os alunos de Fonoaudiologia começam, a partir do 3º ano, a trabalhar com pacientes, inicialmente com casos leves e, depois, os mais complicados. “O estágio ensina a teoria e a prática. Com o trabalho na clínica, o aluno atende diferentes problemas e sai com uma visão ampla da profissão”, disse Bárbara Caroline Teixeira, 20, aluna do 4º ano. (Colaborou Ana Paula Moreira)

Serviço Clínica de Fonoaudiologia da PUC-Campinas Instalada no andar térreo do prédio de Ambulatórios de Especialidades, no Campus II. Horário de atendimento: de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h



Portal Puc-Campinas
29 de abril de 2008