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A Pesquisa Cesta Básica PUC-Campinas aponta que em maio de 2006 o custo médio da cesta na cidade de Campinas teve redução de 2,92 % em relação a abril. O custo médio da cesta em maio foi de R$ 351,51 – equivalente a 100% do valor do salário mínimo –, enquanto que em abril o custo médio foi de R$ 362,07. Na média os preços dos alimentos recuaram no mês de maio 5,45%. Os preços dos produtos de higiene e limpeza diminuíram 5,40% e os preços administrados, por conta da alta do gás de cozinha, apresentaram elevação de 0,67%.

Durante o mês de maio o custo médio dos alimentos consumidos em Campinas foi de R$ 195,78 e em abril, foi de R$ 207,07, portanto uma redução média de 5,45 %. Os preços da batata, tomate e laranja apresentaram as maiores quedas no mês de maio em comparação ao mês anterior. A bata na ordem de 32,72%, o tomate de 27,45% e a laranja recuou para 14,84%. A maior parte dos alimentos apresentou redução de preços. Inclusive o açúcar, em função da cana estar no pico da safra. Também estão em período de safra o arroz e o feijão, também em queda de preços.

O pão e o macarrão apresentaram queda nos preços no mês de maio. “Todavia, considerando que o principal fornecedor de trigo para o Brasil é a Argentina, que não pretende mais ofertar o grão e sim a farinha, é possível a ocorrência de altas nos preços desses produtos nos próximos meses”, diz o professor Candido Ferreira da Silva Filho, coordenador da Pesquisa Cesta Básica PUC-Campinas.

O preço do óleo de soja também recuou em maio. “Considerando que o Brasil é um grande exportador de soja e que os preços dos produtos derivados da soja são muito influenciados pela cotação do dólar, a sobrevalorização do real ajuda a queda no preço desse produto”, explica Silva Filho.

No que diz respeito aos produtos de higiene e limpeza, em maio sabonete e sabão em barra apresentaram queda nos preços de 9,76% e 4,42%, respectivamente. O creme dental apresentou pequeno aumento nos preços de 0,44% no mês.

Os preços administrados pelo poder público ficaram estáveis em maio. A exceção foi o gás de cozinha que, em média, aumentou 3,23%.
No que diz respeito à jornada de trabalho, um trabalhador, com remuneração de 1 salário mínimo mensal, precisou trabalhar durante o mês de maio o equivalente a 220 horas e 57 minutos para adquirir a cesta básica. Já no mês de abril necessitava trabalhar 227 horas e 35 minutos para adquirir a cesta básica. Portanto, em razão do aumento no salário mínimo melhorou a situação do trabalhador.

Pesquisa surgiu com o Plano Cruzado

A Pesquisa Cesta Básica PUC-Campinas, concluída na segunda semana de cada mês (relativa aos dados do mês anterior), é um programa de extensão da Faculdade de Ciências Econômicas. São computados os cálculos dos preços comparativos de alimentos, produtos de higiene e limpeza, preços administrados pelo setor público e gás de cozinha. Além do seu coordenador, o professor Cândido Ferreira da Silva Filho, os alunos responsáveis pelos levantamentos de dados são orientados pelos professores José Milton Sanches e Oswaldo Tanaka.

O programa foi criado pelo professor Cândido Ferreira da Silva em 1993, no início do Plano Cruzado. Com o seu falecimento, em outubro de 2005 Cândido Filho assumiu a coordenação. “Nosso plano, em breve, é estender os levantamentos para toda a Região Metropolitana de Campinas”, informa.

A pesquisa tem por objetivo avaliar o custo mensal de uma cesta básica capaz de atender às necessidades de alimentação, higiene e limpeza, e serviços públicos de uma família composta por quatro pessoas – dois adultos e duas crianças – com renda mensal de 1 a 5 salários-mínimos. Por meio do cálculo mensal do custo da cesta básica são obtidos indicadores dos aumentos de preços que afetam a vida da camada de renda mais baixa da população.

Para composição do custo da cesta básica são pesquisados os preços de 21 itens, sendo 14 produtos básicos alimentares, 3 itens de higiene e limpeza, 3 tarifas administrada



Portal Puc-Campinas
12 de junho de 2006