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“O Grito da Floresta” debate Justiça Climática e Racismo Ambiental

Encontro abordou o papel dos povos tradicionais na preservação do meio ambiente e contou com a leitura de um documento coletivo em defesa da vida e da natureza

O Centro de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros Dra. Nicéa Quintino Amauro (CEAAB) realizou, na noite da última terça-feira (23), no Mescla, a cerimônia “O Grito da Floresta”. O evento reuniu participantes para uma reflexão sobre a relação entre as mudanças climáticas, o racismo ambiental e o papel fundamental dos povos tradicionais como guardiões da vida.

O evento contou com a presença da Pró-Reitora de Graduação, Profa. Dra. Cyntia Belgini Andretta, o Prof. Me. José Donizeti de Souza, responsável pela Coordenadoria Geral de Atenção à Comunidade Interna (CACI) e membro do Centro Afro; além de dezenas de representantes de comunidades tradicionais de matriz africana.

A abertura oficial contou com um vídeo sobre a natureza, conectando os participantes ao tema central do evento. Em seguida, a Comendadora Edna Almeida Lourenço, Coordenadora do Centro de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros, falou sobre o propósito do encontro, reafirmando o compromisso com a justiça climática e a luta em defesa dos povos que “resistem e nos ensinam a viver em equilíbrio com a Terra”.

O primeiro destaque da programação foi a palestra de Mayra Rodrigues, que apresentou uma fala sobre Mudanças Climáticas e Racismo Ambiental, trazendo uma rica contribuição ao debate.

Na sequência, foi realizada a leitura coletiva de uma carta-documento, realizada por “vozes que representam a diversidade e a força das tradições que nos inspiram”. A leitura foi realizada com muita emoção pelos participantes, que aplaudiram no final.

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“Pra mim a maior importância é, em primeiro lugar, reunir as pessoas das comunidades tradicionais de matriz africana. Dentro desse espaço, um espaço do conhecimento, apresentar esse documento, muito forte, de uma representatividade ímpar, porque a estamos falando de natureza e de um espaço comum. O lugar é meu, ele é seu, ele é de todos. E hoje falamos sobre como tratamos esse lugar: a água, a mata, o mar e como eu vejo esse lugar, que é o meu lugar, mas é o lugar das crianças, do idoso e de tudo. Foi um momento magnífico”, comentou a comendadora Edna Almeida Lourenço.



Carlos Giacomeli
24 de setembro de 2025