Na década de 1970 os movimentos de contestação cultural se valem de novas bandeiras e ritmos, isto fica evidente com a manifestação de novos grupos como os punks e os metaleiros.
A onda punk e metal surge em contraposição ao pacifismo hippie e a moda das discotecas, com letras críticas, ritmos eletrizante e violento de curta e longa duração, com aparências fora do comum. Com um aspecto de androgenia alguns mesclam letras e ritmos mais diferenciados, como foi o caso de David Bowie, o camaleão.
Bowie representou na música o que o glam/glitter rock deveria representar para a sociedade, uma liberdade maior de exposição e expressão. Em termos de moda, fez sucesso o estilo hippie-chic e as calças boca de sino, presentes nos salões das discotecas. A influência desse novo tipo de diversão juvenil se confirmou com o enorme sucesso de Grease: nos tempo da brilhantina.
Ainda culturalmente, a juventude dessa década se viu entre muitos livros e filmes de ficções científicas, que denotava toda a transformação possível com a tecnologia. As sagas Stars Wars e Star Trek são a expressão máxima de anos de corrida espacial e disputa tecnológica.
Politicamente, o cenário de conflitos mudou mas continuou sendo palco de acontecimentos marcantes. Enquanto a seleção brasileira de futebol ganhava a Copa de 1970 e a classe média comemorava o milagre econômico, jovens engajados, influenciados por ideologias de transformações profundas na sociedade e contrários ao fechamento do regime militar, passaram a integrar a luta armada. Nesta guerra clandestina muitos jovens perderam suas vidas.
Como demonstração de mudanças no cenário internacional, a retirada americana de Saigon tornou-se marco final de uma das guerras mais sangrentas do pós-Segunda Guerra. Os americanos perderam a guerra e toda a moralidade de Richard Nixon, um dos perpetuadores do conflito, que foi abaixo com o escândalo Watergate, resultado de uma investigação jornalística que revelou o caso de espionagem.
A década de 1970 também representou a emancipação política e econômica de alguns países asiáticos e africanos, antes protetorados e explorados por potências mundiais. Nesse contexto a crise do petróleo se alastrou pelo mundo, inclusive no Brasil, sobretudo como forma de demonstração dos países da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e do Golfo Pérsico de que não aceitariam imposições dos Estados Unidos e da Europa.