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Arquidiocese de Campinas

No dia 27 de agosto, às 12h15, a Arquidiocese de Campinas celebra a memória dos 75 anos do falecimento de Dom Francisco de Campos Barreto, 2º Bispo da Diocese de Campinas. A Missa será presidida pelo Mons. Rafael Capelato, Vigário Geral da Arquidiocese e Pároco da Catedral Nossa Senhora da Conceição, e contará com a presença das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado, Congregação fundada por Dom Barreto e Madre Maria Villac.

No domingo, dia 28 de agosto, às 9h30, na Catedral Nossa Senhora da Conceição, Dom Airton José dos Santos, Arcebispo Metropolitano e Grão-Chanceler da PUC-Campinas, preside Celebração Eucarística em memória dos 5 anos do falecimento de Dom Bruno Gamberini, 6º Bispo e 4º Arcebispo da Arquidiocese de Campinas.

Dom Francisco de Campos Barreto

Dom Francisco de Campos Barreto nasceu no Arraial dos Souzas, em Campinas, no dia 28 de março de 1877, filho de Joaquim de Campos Barreto e de Gertrudes Leopoldina de Morais. Manifestando desde cedo vocação para a vida sacerdotal, em setembro de 1890 foi matriculado no Seminário Episcopal de São Paulo.

Foi ordenado sacerdote no dia 22 de dezembro de 1900, na Catedral de São Paulo por Dom Antônio Cândido de Alvarenga. Começou seu trabalho como vigário da pequena e recente paróquia de Vila Americana. Foi Pároco no Arraial dos Souzas e em 1904 foi transferido para a Matriz de Santa Cruz, sendo o seu 5º Vigário.

No dia 12 de maio de 1911, através da Bula Papal Dilectis filiis erigendo, foi nomeado para primeiro Bispo da nova Diocese de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Sua Ordenação Episcopal foi na Catedral de Campinas, em 27 de agosto de 1911, por Dom João Batista Corrêa Nery, Bispo de Campinas, Dom Antônio Augusto de Assis, Bispo de Pouso Alegre, e por Dom Sebastião Leme da Silveira Cintra, Bispo de Orthosia e Coadjutor do Rio de Janeiro. Seu lema Episcopal era “Dominus Regit Me” (O Senhor me Governa). Dom Barreto assumiu a Diocese de Pelotas no dia 21 de outubro de 1911.

No dia 30 de junho de 1920, foi transferido para a Diocese de Campinas, através de ato assinado pelo Papa Bento XV. Dom Barreto tomou posse da sua nova Diocese em 14 de novembro de 1920.

Em Campinas, publicou 15 Cartas Pastorais. Reorganizou a imprensa Diocesana, com a fundação da “A Tribuna” que chegou, no ano de sua morte, a ter 5000 assinaturas. Fundou o “Amigo do Clero”, uma publicação periódica de cultura eclesiástica. Organizou e regulamentou todos os departamentos da Cúria Diocesana. Fez o regulamento da Ação Católica que possui em todas as Paróquias uniformemente as Irmandades do Santíssimo, o Apostolado da Oração, as Filhas de Maria, os Marianos, a Congregação da Doutrina Cristã, a Liga do Menino Jesus, a Liga de São José para as vocações e o Conselho Paroquial de Ação Católica. Organizou o regulamento da Semana Eucarística, que acontecia a cada cinco anos nas Paróquias da Diocese. Tanto em Pelotas como em Campinas, estabeleceu a adoração perpétua ao Santíssimo Sacramento, exposto por turno diário nas várias Capelas da Diocese. Mandou fundar as Congregações Marianas e Pias Uniões em todas as Paróquias.

Fundou, juntamente com Madre Maria Villac, o Instituto das Missionárias de Jesus Crucificado, religiosas que mantêm trabalho pastoral em diversos países do mundo. Fundou, também, o Carmelo de Santa Teresinha, onde religiosas se ocupam da santificação própria e da oração pelas conversões. Reorganizou, reformou e deu Constituição à Congregação das Irmãs Franciscanas, trazendo para Campinas o seu Noviciado, onde ainda hoje funciona o Colégio Ave Maria. Fundou o Pensionato Lourdes e o Asilo de Órfãs, entregues às Franciscanas.

No seu governo foi construído o Palácio Episcopal; o Seminário Diocesano; aumentou a capacidade do Ginásio Diocesano (Colégio Pio XII); adquiriu o Palácio da Cúria Diocesana; fundou a Academia de Comércio São Luiz; construiu o Patronato São Francisco, escola profissional feminina que foi doada às Franciscanas; construiu o “Lar Sacerdotal” oferecido aos padres mais idosos; construiu o novo Seminário Diocesano (onde é hoje o Colégio Dom Barreto); o Noviciado das Missionárias de Jesus Crucificado (hoje Casa de Nossa Senhora, na Av. da Saudade) e construiu e doou inúmeros imóveis com seus próprios recursos financeiros.

Dom Barreto faleceu às 22h52 do dia 22 de agosto de 1941, no Palácio Episcopal. Seu sepultamento se deu no dia 23 de agosto, na Cripta da Catedral Metropolitana de Campinas. Por ocasião dos 25 anos de seu falecimento, no dia 22 de agosto de 1966, e fazendo cumprir o seu Testamento, seus restos mortais foram trasladados para o Mausoléu da Casa Generalícia das Missionárias de Jesus Crucificado.

Dom Bruno Gamberini

Dom Bruno Gamberini nasceu em Matão, SP, no dia 16 de julho de 1950, filho do Sr. Armando Gamberini e da Sra. Tirsi Castellani Gamberini.

Completou o curso primário no Grupo Escolar Estadual “José Inocêncio da Costa” e na Escola Estadual “Prof. Henrique Morato”, em Matão. Completou o segundo grau e a Filosofia no Seminário Diocesano de São Carlos (1968-1970) e Teologia no Studium Theologicum, filiado à Universidade Lateranense de Roma, em Curitiba, PR (1971-1974). Cursou, ainda, Canto Coral e regência, na Pró-Música de Curitiba.

Foi ordenado Presbítero na Matriz do Senhor Bom Jesus de Matão, no dia 11 de dezembro de 1974, por Dom Constantino Amstalden, Bispo da Diocese de São Carlos.

O Papa João Paulo II, nomeou Dom Bruno o 4º Bispo Diocesano de Bragança Paulista em 17 de maio de 1995. Foi ordenado Bispo no dia 16 de julho de 1995, na Catedral de São Carlos Borromeu, em São Carlos, SP, sendo sagrante Dom Constantino Amstalden e Bispos Consagrantes, Dom Antônio Pedro Misiara, 3º Bispo de Bragança, e Dom José Antônio Aparecido Tosi Marques, Bispo Auxiliar de Salvador da Bahia. Tomou posse da Diocese em 20 de agosto de 1995. Dom Bruno escolheu como tema episcopal “Nomen Domini Benedictum”Bendito o nome do Senhor.

No dia 02 de junho de 2004, o Papa João Paulo II nomeou Dom Bruno Gamberini como 6º Bispo e 4º Arcebispo de Arquidiocese de Campinas. Tomou posse no dia 1º de agosto de 2004, na Matriz Nossa Senhora Auxiliadora, no Guanabara, em Campinas. No dia 10 de agosto de 2004, tomou posse como Grão Chanceler da Pontifícia Universidade Católica de Campinas – PUC-Campinas.

Dom Bruno assumiu o trabalho e a organização eclesial da Arquidiocese de Campinas, com os Conselhos existentes e a Coordenação Colegiada de Pastoral, órgão máximo na definição das linhas pastorais da Igreja de Campinas. Criou, unicamente, a Coordenadoria de Pastoral, um órgão consultivo do Arcebispo, com a participação dos Vigários Gerais, do Coordenador de Pastoral e dos Vigários das Regiões Pastorais e das Foranias.

No dia 08 de dezembro de 2005, recebeu o Título de Cidadão Campineiro, concedido pela Câmara Municipal de Campinas. O título foi entregue no início da Missa de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira da Arquidiocese e da cidade de Campinas, celebrada na Catedral Metropolitana.

A Arquidiocese de Campinas caminhava rumo ao seu Centenário. Assim, Dom Bruno, juntamente com a Coordenadoria e a Coordenação de Pastoral decidiram pela realização de um Ano Jubilar, com o tema Cem anos em Missão neste chão!

Dom Bruno foi, pela sua dedicação, trabalho e amor à Igreja de Jesus Cristo e a seu rebanho, um digno sucessor dos Bispos que fizeram história em Campinas. Sua simpatia e simplicidade foram marcantes e cativaram a Arquidiocese de Campinas e todo o Brasil.

Marcante, também, na vida de Dom Bruno foi a preocupação com o povo que lhe foi confiado para pastorear. Dizia sempre aos seus padres e diáconos para estar no meio do povo, sentindo as suas aflições e necessidades, buscando sempre consolar, acudir e ser presença humana, principalmente junto aos que sofrem. Da mesma maneira, sempre pediu ao povo que acolhesse, com carinho, os padres e diáconos a eles confiados. Seu amor e sua preocupação pelos seus filhos eram imensos. Incentivou e dava enorme importância às Semanas de Estudo do Clero, realizadas no primeiro semestre do ano, e aos Retiros Espirituais, realizados no segundo semestre.

Dom Bruno sofria, já há algum tempo, com o diabetes. Na tarde de domingo, dia 28 de agosto de 2011, às 15h, faleceu em decorrência de falência de múltiplos órgãos. Foi sepultado no dia 30 de agosto, na cripta da Catedral Metropolitana.

(Biografia completa de Dom Francisco de Campos Barreto e de Dom Bruno Gamberini no site da Arquidiocese de Campinas.)



Eduardo Vella
24 de agosto de 2016