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Grupo de Relações Internacionais ajuda Coreia do Sul a detectar erros em livros e periódicos

Objetivo do trabalho foi encontrar informações equivocadas sobre o país publicadas no Brasil

Um grupo formado por três alunos de Relações Internacionais da PUC-Campinas, orientados pela Profa. Me. Kelly Ferreira, desenvolveu um trabalho a convite do Consulado da Coreia do Sul em São Paulo para ajudar a corrigir informações sobre o país asiático em publicações brasileiras, principalmente livros didáticos. A proposta de execução do trabalho partiu do Cônsul-Geral da República da Coreia do Sul no Brasil, Hak You Kim, que esteve na Universidade no início do primeiro semestre para uma palestra.

O projeto de pesquisa sobre informações a respeito do país no Brasil foi dividido em partes para três universidades. A PUC ficou com a parte histórica, e outras duas instituições pesquisaram aspectos culturais e econômicos.

A professora Kelly selecionou três alunos de diferentes anos de Relações Internacionais, curso iniciado na PUC-Campinas em 2017. “Os três já tinham me procurado para falar sobre o interesse que tinham pela Coreia do Sul e estavam até estudando a língua coreana para se aprofundarem nos estudos sobre o país”, conta.

Giuliana Caricilli está no segundo semestre; Matheus de Souza Silva, no quarto; e Paula Romaniello, no sexto. O grupo formado passou a se reunir semanalmente para fazer as pesquisas e elaborar o relatório que será entregue ao consulado. Também se reuniam com representantes do consulado todas as últimas sextas-feiras do mês.

Eles encontraram durante o trabalho uma série de informações equivocadas sobre a história da Coreia do Sul, que iam desde datas importantes, como a chegada dos primeiros imigrantes coreanos ao Brasil, até dados geográficos.

“Este trabalho tem um período específico e uma data determinada para a entrega do relatório final, que será no final de outubro”, diz a professora. Mas o contato com o consulado se mantém e outras parcerias podem ser firmadas futuramente.

Premiado

O interesse dos três alunos pela Coreia do Sul tem diferentes origens e objetivos. Matheus foi atraído por grupos de música e séries coreanos a partir de 2012. Em 2017, durante um intercâmbio no Canadá, fez vários amigos coreanos e se aproximou ainda mais da cultura do país.

Em 2018, ele começou a frequentar cursos de coreano do Instituto King Sejong e, neste ano, foi escolhido como o melhor de sua unidade e é um dos 150 estudantes de todo o mundo que ganharam viagens para conhecer a Coreia do Sul oferecidas pelo governo do país. Ele também ficou entre os 24 semifinalistas da competição mundial de coreano, sendo o único representante da América Latina. O objetivo de Matheus é futuramente fazer uma pós-graduação na Coreia do Sul e tentar uma vaga em uma grande empresa do país.

Paula tinha desde pequena atração pela cultura de países asiáticos. Ela pensou em aprender japonês, mas a cultura coreana a atraiu e também começou a estudar a língua do país por conta própria. As manifestações artísticas coreanas também atraíram Giuliana, que estuda o idioma há mais de dois anos.



Marcelo Andriotti
24 de setembro de 2019