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Ex-aluna do Limiar ganha prêmio Marielle Franco de Ensaios Feministas e lança livro 

Cintia Rodrigues dos Santos Mariano e sua irmã Ana Paula Rodrigues dos Santos Segarro participaram de aula de abertura do mestrado 

A ex-aluna e mestre pelo Programa de Pós-Graduação Limiar (Linguagens, Mídia e Arte) da PUC-Campinas Cintia Rodrigues dos Santos Mariano e sua irmã Ana Paula Rodrigues dos Santos Segarro foram vencedoras da primeira edição do Prêmio Marielle Franco de Ensaios Feministas e estão lançando o livro “Por ela, por elas, por nós”. Cintia e Ana Paula participaram da aula virtual de abertura do semestre do Limiar falando aos alunos do primeiro e segundo ano do mestrado.

O prêmio entregue no final de 2020 foi uma parceria entre a editora Contracorrente e o Instituto Marielle Franco com o objetivo de defender a memória e a luta da ex-vereadora por meio do incentivo ao pensamento crítico e feminista no país. O júri foi composto por Sueli Carneiro, Anielle Franco e Marcia Tiburi. Elas receberam um prêmio em dinheiro e a edição do livro, que será lançado dia 15 de março e já tem pré-venda a R$ 45 aberta no site da editora (https://loja-editoracontracorrente.com.br/produto/por-ela-por-elas-por-nos/

).

Cintia é designer e professora de Artes e Ana Paula é engenheira. Elas contaram que decidiram escrever o artigo abordando o fato de, ao longo da vida, terem sido consideradas negras, em primeiro lugar, e, depois, crianças, mulheres, profissionais, esposas ou mães.

Cintia conta que cada uma delas escrevia parte do artigo e depois a outra complementava com seu ponto de vista. Concorreram 190 ensaios sobre diversos aspectos do feminismo escritos por autoras de todas as partes do país.

Cintia fez mestrado no Limiar com uma dissertação sobre acessos de pessoas com deficiência visual a museus. “O mestrado para mim foi uma grande conquista. Há muito tempo eu queria fazer uma pesquisa em uma área que envolvesse arte, design e tecnologia, que sempre foram minhas paixões”, conta.

O estudo de caso foi realizado no MAM-SP (Museu de Arte Moderna de São Paulo). No estudo participaram duas pessoas com deficiência visual que realizaram um percurso no jardim das esculturas do museu. “Simulamos o uso de um aplicativo que utiliza a tecnologia de reconhecimento de imagens e audiodescrição.  Foi uma experiência fantástica, pois verifiquei as necessidades que o sistema precisava suprir baseado em três eixos: mobilidade, mediação  e experiência estética. Assim, pude constatar as principais dificuldades que uma pessoa com deficiência visual tem ao acessar um museu de arte e a oportunidade de vivenciar de forma mais próxima a realidade das pessoas com deficiência visual”, disse.

“Por ser uma área interdisciplinar, tive a parceria e o apoio de meu orientador Prof. Juan Coello, que é da área da computação, e grandes contribuições  dos professores do Limiar que são de artes, letras, jornalismo, possibilitando  um grande diálogo entre as áreas”, afirma. Atualmente, Cíntia atua como professora de Artes em Campinas.



Marcelo Andriotti
2 de março de 2021