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Quando os estudantes caboverdianos Deni Valter dos Santos Mendes, Carlos José Oliveira Bentuh, Romina Ferreira Tolentino e Valdo Ribeiro Fernandes se encontram nos corredores da PUC-Campinas para colocar o papo em dia, eles costumam conversar em ‘crioulo’, a língua materna de Cabo Verde. A opção pelo idioma – uma mistura do português com palavras africanas ocidentais – é uma das maneiras encontradas por eles para manter o vínculo com o país de origem, um arquipélago formado por várias ilhotas de origem vulcânica a 500 metros da costa da África.

Os quatro estrangeiros decidiram fazer a graduação na PUC-Campinas por meio do Programa de Estudante-Convênio de Graduação (PEC-G), administrado pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) em parceria com o Ministério da Educação (MEC). A Universidade apoia e é parceira desse Programa desde 2001. Anualmente, o PEC-G possibilita a cidadãos da América Latina, Caribe e África cursarem a graduação gratuitamente no Brasil. Hoje, sete estrangeiros estão se graduando em diversos cursos na PUC-Campinas. Desses, cinco vieram de Cabo Verde, um da República do Congo e outro do Equador.

Há cinco anos no Brasil, Deni, 22 anos, se prepara para retornar a Cabo Verde no final deste ano, quando conclui o curso de Direito. “Apesar de gostar muito do Brasil, quero voltar para minha terra. Aliás, tenho que voltar, porque esse é o acordo”, disse Deni, que preside a União dos Estudantes Caboverdianos no Estado de São Paulo (UECESP). Segundo ele, há cerca de 340 caboverdianos estudando em várias universidades brasileiras.

Com a experiência adquirida no Brasil, em particular no curso de Direito da PUC-Campinas, Deni quer voltar a Cabo Verde para trabalhar e ajudar sua comunidade. “Esse será meu trabalho”, diz.

Romina está no país desde o ano passado e cursa o segundo ano da Faculdade de Sistemas de Informação. “Fiquei feliz quando soube que iria estudar na PUC-Campinas e, aos poucos, fui conhecendo todos os valores da Instituição, além da estrutura da Universidade”, disse. O mesmo ocorre com Carlos, que está no terceiro ano de Ciências Econômicas, e o novato Valdo, calouro da Faculdade de Odontologia.

Apesar de gostarem de estudar e morar no Brasil, os estrangeiros querem voltar para casa ao término do curso de graduação. “Apesar de gostar muito do Brasil, tenho que retornar ao meu país para ajudar onde for preciso”, disse Carlos.

Serge Kalongo Tshiswaka, natural da República Democrática do Congo, está no Brasil há dois anos e cursa Enfermagem na PUC-Campinas. Ao chegar à Universidade, Serge contou com o apoio do Departamento de relações Externas (DRE) e do Departamento de Serviço Social ao Aluno (DSSA) para encontrar uma moradia. “Agora estou superfamiliarizado e já tenho até namorada brasileira, que conheci na própria Universidade”, disse. Satisfeito com o curso, ele reconhece a superioridade da estrutura das faculdades brasileiras, comparadas às congolesas.

O equatoriano Adrian Esteban Arroyo Porras, estudante de Administração com ênfase em Comércio Exterior, deve começar a preparar a mala para deixar o Brasil em dezembro próximo. Há três anos no Brasil, ele avalia positivamente a experiência do PEC-G. “Vi muitos benefícios nas faculdades brasileiras, principalmente no contato com os professores, já que no Equador a relação com os professores é muito formal. No Brasil, ao contrário, a gente consegue chamar o professor pelo nome, o que aumenta a familiaridade entre o professor e o aluno.”

Para participar do Programa, os estudantes passam por um processo seletivo em seu país. Os selecionados recebem a gratuidade do ensino superior e têm que subsidiar a passagem aérea, hospedagem e alimentação. Alguns, como é o caso de Carlos e Valdo, são bolsistas do governo de Cabo Verde.

Países que participam do PEC-G

África do Sul; Angola; Benin; Cabo Verde; Camarões; Costa do Marfim; Gabão; Gana; Guiné-Bissau; Máli; Moçambique; Namíbia; Nigéria; Quênia; República do Congo; República Democrática do Congo; São Tomé & Príncipe; Senegal e Togo, Antígua & Barbuda; Argentina; Bolívia; Chile; Colômbia; Costa Rica; Cuba; El Salvador; Equador; Guatemala; Guiana; Haiti; Honduras; Jamaica; México; Nicarágua; Panamá; Paraguai; Peru; República Dominicana; Suriname; Trindad & Tobago; Uruguai; Venezuela e Timor Leste.

Serviço //www.puc-campinas.edu.br/aluno/oportunidades/oportunidades_exterior.asp



Portal Puc-Campinas
28 de abril de 2009