Acessibilidade  
Central de Atendimento ao Aluno Contatos oficiais Área do aluno

Estudantes da PUC-Campinas participam da 13ª edição da Gincana Nacional de Economia

Evento ocorrido em Balneário Camboriú contou com representantes de vários estados do país

Os estudantes Marcos Giovani Gomes Caritá e Pedro Eduardo Ferreira Neto, da Faculdade de Economia da PUC-Campinas, participaram da 13ª edição da Gincana Nacional de Economia, realizada no Centro de Educação Superior da Foz do Itajaí (CESFI), pertencente a Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), no município de Balneário Camboriú, nos dias 16, 17, 18 e 19 de outubro.

Classificados em quinto lugar na etapa regional paulista, Marcos, que cursa o 2º semestre, e Pedro, que cursa o 8º semestre, alcançaram a 10ª posição na etapa nacional, chegando as quartas de final da competição. No total, participaram do torneio 171 duplas de todo o Brasil.

Estudantes de Economia de todo o Brasil participaram da 13ª edição da Gincana Nacional de Economia, realizada no município catarinense de Balneário Camboriú.

O evento aconteceu como parte da programação do 28º Simpósio Nacional dos Conselhos de Economia, que, neste ano, teve como tema central “A Contribuição do Sistema Cofecon/Corecon’s para a Promoção do Desenvolvimento Econômico do Brasil e suas Regiões”.

Jogo de cartas
De acordo com Marcos, na etapa regional, a dupla respondeu a diversas questões em formas de cartas, sendo que algumas somavam pontos, enquanto outras tiravam, “porém, nós conseguíamos os benefícios dados pelas cartas caso acertássemos as perguntas que nos eram feitas, que eram, dentre outros temas, de conhecimentos gerais a respeito da história e do cenário econômico brasileiro, de conceitos de macro e microeconomia, de atualidades e sobre modelos econômicos como o Keynesianismo e o IS-LM (de inspiração keynesiana)”.

Esta primeira etapa aconteceu de modo on-line e, em um espaço de uma hora, era preciso anotar o máximo de pontos possíveis com as cartas, que podiam tanto ajudar, quanto prejudicar as duplas.

“Cada carta continha um determinado número de pontos, mas os pontos para cada pergunta eram sempre os mesmos. As cartas ficavam viradas para baixo e cada dupla escolhia aquelas que desejava virar, sendo possível que os participantes respondessem a perguntas distintas ou as mesmas em ordens diferentes e elas eram distribuídas na área de jogo de maneira aleatória para cada dupla, impossibilitando às duplas escolherem uma carta determinada”, explica Marcos.

Eram três os tipos de carta: a “Carta Pergunta”, a “Carta Bônus” e a “Carta Revés”. A primeira contava com uma questão de múltipla escolha que deveria ser respondida pela dupla participante em até um minuto. Ao final desse prazo, ela era fechada, não somando pontos no caso de a pergunta não ser respondida ou ser respondida de maneira incorreta.

A “Carta Bônus” oferecia algum tipo de benefício às duplas, podendo ser pontos extras ou a liberação de “Cartas Pergunta” extras. A “Carta Revés”, por sua vez, podia retirar pontos da dupla participante ou excluir uma das “Cartas Pergunta” que estavam disponíveis à dupla.

Os estudantes Marcos Giovani Gomes Caritá (do 2º semestre) (à esquerda) e Pedro Eduardo Ferreira Neto (do 8º semestre), da Faculdade de Economia da PUC-Campinas, se classificaram em quinto lugar na etapa regional paulista e alcançaram a 10ª posição na etapa nacional, chegando as quartas de final da competição. No total, participaram do torneio 171 duplas de todo o Brasil.

Cada dupla só podia abrir uma carta por vez, sendo-lhe permitida abrir a próxima após responder à questão da carta já aberta e confirmar a resposta dada. Após a confirmação, a dupla não podia voltar atrás para modificar a alternativa escolhida.

Da etapa regional à nacional
Ao final, a etapa regional paulista contou com nove duplas classificadas, que tiveram de realizar um vídeo com até dois minutos de duração realizando uma breve análise sobre o tema “Memórias e Futuro da Economia Brasileira”. As duplas participantes puderam escolher entre os seguintes subtemas: “Industrialização, Desindustrialização e Reindustrialização do País”; Do Real ao Real: Moedas Brasileiras ao Longo do Tempo e os 30 Anos do Real”; “Salário Mínimo: Criado pela Lei nº 185/1936 e Fixado em 1º de maio de 1940, o Papel da Instituição do Salário Mínimo no Brasil”; “Programas de Transferência de Renda e a Redução da Pobreza e da Desigualdade Social no Brasil”; “Petrobras: de Vargas ao Pré-Sal; e “60 anos do Banco Central”.

Marcos e Pedro escolheram tratar dos trinta anos do Plano Real e, como já mencionado, conseguiram se classificar em quinto lugar entre as duplas do Estado de São Paulo e terminaram em décimo lugar no torneio nacional.

O modo de competição na fase final foi semelhante ao da etapa regional, porém, desta vez, ocorrido em formato presencial. As duplas, ao acertarem determinada questão, não garantia pontos, mas cartas de ataque ou defesa que geravam benefícios ou malefícios para a economia que eles criaram e onde trabalharam com diversos indicadores, como o Produto Interno Bruto (PIB), a inflação, o valor do Real e do Dólar, a Taxa Selic, entre outros.

“Como as cartas vinham de maneira aleatória, nós não podíamos usar todas e fazíamos rodadas bem competitivas de eliminação, repescagem e classificação até chegarmos na etapa do mata-mata. O objetivo do jogo era analisar os impactos de indicadores específicos na economia por meio de uma abordagem interativa e lúdica, buscando fornecer insights e conhecimentos sobre as interações complexas entre os indicadores e a economia em si, de modo a propiciar o desenvolvimento de habilidades de análise macroeconômica e tomada de decisões”, esclarece Marcos.

Experiência adquirida
Sobre a experiência de participar de um evento desta ordem, Marcos comenta que foi “fenomenal, no sentido de que se trata de uma experiência única e exclusiva que eu nunca esperei presenciar. Foi um privilégio conhecer estudantes de Economia de todas as regiões do país, de diferentes idades, universidades, filosofias e trajetórias. Foi um evento que me proporcionou, não só uma experiência única de vida, de competição e de aprendizado, mas em que também foi possível construir novas pontes e novas relações de amizade e companheirismo”.

A 13ª edição da Gincana Nacional de Economia aconteceu como parte da programação do 28º Simpósio Nacional dos Conselhos de Economia, que, neste ano, teve como tema central “A Contribuição do Sistema Cofecon/Corecon’s para a Promoção do Desenvolvimento Econômico do Brasil e suas Regiões”.

Ele diz ter encontrado pessoas incríveis “que trilham os mesmos caminhos, por fazerem o mesmo curso, mas em realidades completamente diferentes. Além disso, a experiência foi importante por eu poder ter entrado em contato com outras filosofias e formas de convivência. Tratou-se de um intercâmbio fantástico de aprendizado, vivência, experiência e ideias”.

Pedro, por sua vez, disse que, ao participar do torneio como um aluno sênior, o seu foco era o de ensinar ao seu companheiro, que está cursando o primeiro ano da Faculdade de Economia, sobre a dinâmica da competição, porque ao dominá-la, “ele já fica uns passos à frente para lidar com o jogo no ano que vem”.

Em relação ao conhecimento adquirido, ele diz que isso vem com os alunos veteranos que já participaram do evento, “que são mais gabaritados, mas também com as nossas próprias participações. Eu mesmo já tinha participado no ano passado. A minha dupla não conseguiu se classificar para a etapa nacional, mas eu já tinha a experiência de como o torneio funcionava. Nesse ano, eu passei essa experiência para o Marcos e tomei as rédeas de responder as questões e explicar um pouco do que eu conheço de Economia para que ele pudesse me auxiliar em questões com as quais eu tive dificuldade”.

Marcos (o primeiro da direita para à esquerda) e Pedro (o segundo da direita para à esquerda) confraternizam com outros estudantes de Economia de diversas partes do Brasil durante a 13ª Gincana Nacional de Economia.

Reconhecimento de qualidade
Para o diretor da Faculdade de Economia da PUC-Campinas, o Prof. Me. Roberto Brito de Carvalho, o feito da dupla de estudantes da Universidade é um indicador importante de reconhecimento da qualidade do processo de ensino e aprendizagem do curso de Ciências Econômicas da Instituição.

Ele continua dizendo que “o fato de eles estarem discutindo Economia com os representantes das principais instituições do país, de muitas universidades públicas, federais e estaduais, e de muitas instituições privadas de renome, depois de terem superado os seus concorrentes dentro do Estado de São Paulo, evidentemente que apresenta um nível importante de qualidade de aprendizagem de Economia e isso, não só cria para os alunos um reconhecimento individual, mas também inspira os demais estudantes, dando confiança de que aquilo que eles aprendem dentro da Faculdade está sendo reconhecido para além dos muros institucionais e dos seus próprios professores”.

O diretor encerra explicando que “é sempre importante lembrar que os alunos representam a PUC-Campinas e isso faz com que a Universidade seja colocada no cenário nacional da área econômica, que é um campo que tem muita visibilidade, muitos desafios, dada a diversidade de temas, o que, de alguma forma, vai nos colocando também no processo de contribuição do processo civilizatório da sociedade brasileira e, em especial dentro da discussão sobre as políticas econômicas que vêm sendo adotadas no país”.



Daniel Bertagnoli
2 de dezembro de 2024