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Estudantes da Engenharia testam resistência de materiais com ponte feita de palitos de sorvete

Grupos receberam material da Universidade e tiveram de desenvolver estrutura para ser submetida a teste

Uma atividade reuniu criatividade e precisão no Laboratório de Materiais de Construção e Estruturas da PUC-Campinas. Estudantes do 2º ano dos Cursos de Engenharia Mecânica, Civil, Elétrica e Química da PUC-Campinas construíram, como parte do componente curricular de Mecânica dos Sólidos, uma ponte utilizando palitos de sorvete e parafusos. A proposta era construir um protótipo que passasse por um teste de resistência de materiais.

“Eles tiveram um tempo para fazer a ponte e foi recomendado que, se possível, pudessem fazer um teste antes, com material próprio. A PUC-Campinas forneceu material para a ponte definitiva: compramos palitos, parafusos e, basicamente, vamos ver quanto a ponte aguenta”, explica o Prof. Dr. Fábio Menegatti de Melo, que leciona a disciplina. “O design da ponte é livre, a gente limitou as dimensões – comprimento, vão, largura, e existe uma restrição de peso. Fornecemos um kit de uns 630 gramas. O ideal é ter uma ponte que aguente bastante com menos massa e menos custo. Esse seria o objetivo final”, completa o professor.

A atividade foi realizada primeiro pelas turmas de Engenharia Química e Elétrica, com orientação do Prof. Dr. Rodrigo Cuberos Vieira, e depois pelas Engenharias Mecânica e Civil, com o Professor Fábio Menegatti de Melo.

Com os modelos prontos, os grupos posicionaram as pontes com as duas extremidades apoiadas em uma mesa. Na base, ao centro, um balde foi engatado. Nele, os alunos colocavam areia até a ponte se romper e, assim, mostrar o potencial de resistência máximo.

Os estudantes observaram com atenção o exercício de cada grupo e gostaram da experiência. “A base e a parte de cima foram importantes para garantir a resistência. Foi bem divertido fazer o protótipo”, afirmou Pietra Delmondi, aluna do 2º ano de Engenharia Mecânica.

A experiência surpreendeu Giovanna Tahara, também do 2º ano. “Foi divertido. Achamos que ia ser estressante fazer, mas foi bem legal. A gente consegue ver a aplicação do que aprendemos em aula”, acrescenta.

E os estudantes valorizaram o fato de fazer o protótipo antecipado para garantir uma ponte mais forte no final. “Primeiro tentamos fazer algo mais incrementado, mas deu errado. Depois focamos na precisão e construímos de uma maneira mais básica”, comenta o aluno Leonardo Belcuore.

Para o professor, o teste é importante por conseguir traduzir o conteúdo das aulas na prática. “Eles têm uma parte teórica e isso também foi levado em consideração. O importante é a gente aprender a visualizar os conceitos mais simples dos modelos em sala de aula e ver que os modelos são bons para prever o comportamento da estrutura”, completa.

 



Carlos Giacomeli
21 de junho de 2022