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Quatro projetos são finalistas do evento que ocorre no dia 21 de maio; objetivo é estimular a qualidade na produção dos trabalhos de conclusão de curso

No dia 21 de maio, a Faculdade de Engenharia Elétrica da PUC-Campinas premiará, pelo terceiro ano consecutivo, o melhor Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). O evento faz parte do calendário oficial do curso e será realizado no Auditório Dom Gilberto, no Campus I, às 19h. Quatro projetos foram selecionados para concorrer ao prêmio. Na noite da premiação, os finalistas apresentarão os trabalhos para um júri externo, formado por representantes de empresas e entidades da região de Campinas.

De acordo com o diretor da Faculdade de Engenharia Elétrica, Francisco Salles Cintra Gomes, o projeto final é a chance de os estudantes colocarem em prática suas habilidades profissionais. “Os alunos desenvolvem suas habilidades e competências, ao mesmo tempo que estimulam os outros estudantes a pensarem no projeto final”, declarou Salles.

Segundo a professora Norma Reggiani, organizadora do Prêmio TCC da Faculdade de Engenharia Elétrica, a seleção dos finalistas avaliou critérios como o comprometimento, a aplicabilidade do projeto e o seu grau de complexidade. “O prêmio é a oportunidade de os estudantes serem avaliados por uma banca externa”, afirmou.
Conheça, abaixo, os finalistas.

Coletor das atividades elétricas do coração
Trabalho: “Eletrocardiografia (ECG) remota via rede sem fio com interface XBEE”
Autor: Adriel Erich Pereira

A ideia surgiu a partir do interesse de Adriel Erich Pereira pela área de engenharia biomédica e telemedicina. “No Brasil, a área da telemedicina é muito carente em desenvolvimento, sendo totalmente dependente de tecnologia importada”, explicou Pereira. O projeto consiste em um aparelho portátil que coleta dados das atividades elétricas do coração, por meio de três eletrodos adesivos. As informações são filtradas e enviadas para uma interface sem fio que pode direcioná-las a uma rede de internet onde as informações podem ser visualizadas. “O principal uso desse aparelho seria em pacientes com algum tipo de cardiopatia. Ele pode ficar com o aparelho o tempo todo e, caso sinta algum sintoma, pode conectar o aparelho diretamente com seu médico em uma rede de acesso wireless”, disse. Segundo o ex-aluno, o projeto foi feito como um desafio pessoal, já que ele desenvolve trabalhos na área de fotônica (dispositivos para fibra óptica). “O TCC não é apenas para virar produto, mas, sim, para servir de base para outros projetos e propagar conhecimento entre as gerações de alunos. Assim, no futuro, pode, sim, virar algo comercial, muito mais maduro”, afirmou.

Sensor de turbidez de água
Trabalho: “Turbidímetro”
Autor: César Roberto de Souza

Com material de sucata recolhido na própria faculdade, César Roberto de Souza desenvolveu, no ano passado, um turbidímetro, um sensor de turbidez projetado para detectar o nível de sujeira em suspensão na água. “A ideia é que o aparelho possa ser utilizado em qualquer situação de análise de água, como a dos rios, particularmente depois de temporadas de chuvas, que costumam levar dejetos da terra para a água”, explicou. “Se calibrado, o aparelho também poderá ser utilizado em piscinas para verificar a turbidez da água.” César faz parte de um grupo de alunos que costuma chegar à universidade sem nunca ter frequentado laboratórios ou ter feito experimentos. Por isso, chegar à etapa final do Prêmio TCC tem um gosto de vitória para esse recém-formado. “Significa muito para mim ser finalista desse concurso, já que idealizei esse projeto sozinho ao longo do curso”, contou. “Ser escolhido pelos professores em meio a tantos colegas foi um grande incentivo para que eu invista em meus sonhos.” Um deles é ser professor universitário.

Detector de cores
Trabalho: “Detector de cores microcontrolado”
Autor: Dirceu Soares de Souza

Dirceu Soares de Souza sempre teve como objetivo criar um trabalho que unisse os conhecimentos adquiridos no curso de Engenharia Elétrica com o desenvolvimento de um projeto com visão social. Como resultado dessa ideia, surgiu o “Detector de cores microcontrolado”. O trabalho reproduz em áudio e reconhece oito cores dispostas em uma matriz, por meio de um sensor óptico. De acordo com o engenheiro, o trabalho pode ser usado por pessoas com deficiência visual. “Eles enfrentam diversas dificuldades, principalmente no que diz respeito à orientação e mobilidade em suas rotinas diárias. a identificação de objetos poderia ser feita por meio das cores”, explicou Souza. O engenheiro pretende dar continuidade ao trabalho, mesmo depois do fim da faculdade. “As possibilidades são grandes. Podemos aumentar a gama de identificação de cores, otimizar o circuito do projeto, desenvolver um sistema de bateria capaz de alertar o usuário sobre a quantidade de carga e tornar o dispositivo portátil. Outros desenvolvimentos, como em robótica e em rede de sensores, também seriam aplicações bem interessantes”, contou.

Plataforma robótica
Trabalho:“Controle de plataforma robótica através de rede IP” Autor: Augusto Gryszczenko Andreollo

Ser a base de controle de um robô e ligar circuitos que possam ser traduzidos para impulsos elétricos. Essa é a proposta do TCC de Augusto Gryszczenko Andreollo, o “Controle de plataforma robótica através de rede IP”. A proposta surgiu quando o ex-estudante desenvolveu um trabalho com plataforma robótica durante a Iniciação Científica do curso de Engenharia Elétrica. De acordo com Andreollo, o projeto não precisa ser utilizado apenas em robôs. “O mesmo sistema, com adaptações, pode controlar, por exemplo, uma casa inteligente ou um robô industrial. O conceito não é muito diferente de um controlador programável, a grande inovação está na flexibilidade de receber os comandos”, explicou. Todo o trabalho foi desenvolvido com softwares livres, como por exemplo, o Linux. “Assim, torna mais fácil o entendimento e a alteração, o que permite a utilização de outros programas já escritos como parte do controle”, contou.

Áreas de atuação

A profissão de engenheiro eletricista está sempre ligada à área de telecomunicações, mas o profissional encontra um amplo campo de atuação. Para o diretor da Faculdade de Engenharia Elétrica, Francisco Salles Cintra Gomes, o currículo do curso da PUC-Campinas permite que o engenheiro atue em diferentes áreas, como eletrônica, automação e controle, telecomunicações, e acionamento e controle de processos industriais. “A Região Metropolitana de Campinas (RMC) é rica em empresas de telecomunicação, onde se aplica a parte eletrônica e de automação. O curso também forma profissionais para a área de projetos, supervisão, manutenção e gerenciamento na área de eletrônica”, contou Salles.

SERVIÇO:
Prêmio “Trabalho De Conclusão de Curso da Faculdade de Engenharia Elétrica”
Data: 21 de maio de 2009
Horário: 19h
Local: Auditório Dom Gilberto – Campus I
Endereço: Rodovia Dom Pedro I, km 136, Parque das Universidades



Portal Puc-Campinas
19 de maio de 2009