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Arroz e feijão têm aumento nos preços devido ao período de entressafra

A cesta básica de Campinas apresentou, no mês de outubro de 2008, um custo médio de R$ 212,42. Em setembro o custo médio havia ficado em R$ 207,81. O que indica uma tendência de aumento de 2,22% nos preços dos alimentos no último mês. Esta tendência também foi apurada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que registrou aumento nos preços dos alimentos nas principais capitais brasileiras. A pesquisa na íntegra está disponível no Portal PUC-Campinas – //www.puc-campinas.edu.br/imprensa/boletim_economico/

Desde janeiro de 2008 o custo da cesta básica de Campinas já registra alta de 5,04%. Nos últimos 12 meses, o custo da cesta básica em Campinas cresceu 17,60%. Em outubro o custo da cesta básica foi equivalente a 51,19% do salário mínimo. Em setembro o custo da cesta básica foi equivalente a 50,07% do salário mínimo. Portanto, a o aumento nos preços dos alimentos implicou numa redução do poder de compra do trabalhador campineiro.

No que diz respeito à jornada de trabalho, em outubro foram necessárias 112 horas e 37 minutos para adquiri a cesta básica, enquanto no mês de setembro haviam sido necessárias 110 horas e 10 minutos para adquirir a cesta básica. Estes resultados evidenciam que o trabalhador campineiro precisou trabalhar um número maior de horas para adquirirem a cesta básica.

Comportamento dos preços
No mês de outubro, a pesquisa indica a redução de preços dos hortigranjeiros, a batata (-4,55%), o tomate (-6,01%) e banana (-2,00%), o óleo de soja (-5,13%) e a farinha de trigo (-2,48%). Os demais itens que apresentaram elevação nos preços: carne bovina (4,43%), o feijão (4,42%), o arroz (6,45%), o açúcar (4,17%), leite (2,05%), a manteiga (0,77%), o pão francês (4,00%), e o café em pó (2,31%).

De acordo com o levantamento os hortigranjeiros como, tomate, batata e banana, estão sofrendo reduções nos preços por conta do período de produção. As condições climáticas não estão prejudicando a produção, contribuindo para a maior oferta e, por conseguinte, redução nos preços.

Itens como o feijão e o arroz registraram aumentos nos preços, que se explicam pelo período de entressafra. Com as novas safras chegando ao mercado, se espera redução nos preços. A carne bovina também registrou aumentos nos preços, apesar do fim do período de estiagem e da entressafra. Isto se explica, de um lado, pela ampliação das áreas para exportação e, de outro, pela desvalorização da moeda, que estimula a exportação e, por conseqüência, reduz a oferta interna. O preço do açúcar está em alta. Todavia, considerando que a safra de cana já está encerrada, a elevação nos preços não deverá se sustentar nos próximos meses.

Pesquisa Cesta Básica

A pesquisa da Cesta Básica de Campinas, atividade de extensão coordenada pelo professor do Centro de Economia e Administração da PUC-Campinas Cândido Ferreira da Silva Filho, acompanha a evolução dos preços de 13 produtos de alimentação e o gasto mensal de um trabalhador para adquiri-los.

A metodologia da pesquisa da cesta básica de Campinas foi estabelecida com base no Decreto Lei no. 399, de 30 de abril de 1938, que regulamenta o salário mínimo no Brasil.



Portal Puc-Campinas
19 de novembro de 2008