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Aluno de Design Digital da PUC-Campinas é destaque de Painel na Campus Party

Pedro Tonelo vai falar no dia 14 de fevereiro sobre as Profissões em eSports

 

Pedro Tonelo, aluno do Curso de Design Digital da PUC-Campinas, foi convidado pela curadoria da Campus Party Brasil 2019 para participar do Painel Profissões em eSports, nesta quinta-feira, dia 14 de fevereiro, das 12h às 13h, no espaço Academia Gamers.

Ele vai falar junto com Rafa Arnold, que é social media da Yeah Gaming e Estúdio Hórus, e com Dani Rigon, jornalista da ESPN, sobre as profissões dentro do cenário de eSports, contar o que eles fazem e o que os levou a chegar aos eSports. A Campus Party se propõe a ser a maior experiência tecnológica do mundo e une jovens em torno de temas como inovação, criatividade, ciências, empreendedorismo e universo digital.

O caminho que fez Pedro Tonelo ingressar no ramo de eSports começou em 2016, quando ele cursava o segundo ano do Curso de Design Digital e decidiu criar, junto com um amigo de sala, um grupo na rede social Facebook para encontrar pessoas dentro do Campus que gostassem de jogar para que pudessem se conhecer e jogar juntos. “Em dois dias já tínhamos 198 alunos no grupo, dos mais diversos Cursos, isso nos impressionou. Tínhamos acabado de saber que as ligas universitárias de eSports também estavam sendo criadas, então, decidimos arriscar e criar a equipe, bolamos o nome, o logo, criamos as redes sociais e anunciamos seletivas para atletas, assim como as outras atléticas fazem, foi quando surgiu a PUC-Campinas Cardinals eSports, um time que reúne alunos da Universidade”, conta.

Os resultados vieram rápido. Ainda em 2016 a equipe conquistou o vice-campeonato universitário de Counter Strike e, no ano seguinte, consagrou-se campeã universitária do mesmo jogo. “Somos o primeiro clube oficial do programa universitário da Riot Games, dona do League of Legends, o Unilol. Somos considerados uma das organizações de esportes universitários mais empresariais e referência pelas outras equipes. Eu, no momento, já saí da presidência, e estamos montando as seletivas para a nova diretoria dar continuidade ao projeto”, detalha Tonelo.

Segundo o visual designer, a formação em Design Digital foi essencial para seu ingresso no mercado de eSports. “Comecei a aplicar o que aprendia na Faculdade desde que iniciei o curso, fazendo logos e identidades visuais para equipes amadoras de eSports, trabalhando com as redes sociais para eles. Aí com o passar do anos, consegui atingir equipes profissionais de eSports, por meio da experiência que a Cardinals me proporcionou. Além de presidente do projeto, eu era diretor de comunicação e tinha criado tudo, desde nome e logo até produtos e uniformes. Trabalhei para duas equipes profissionais em São Paulo, o CNB e-Sports Club, onde um dos sócios é o Ronaldo fenômeno; e a VIVO Keyd, equipe oficial da empresa VIVO. Em paralelo aos projetos profissionais, continuava a ajudar a Cardinals e outras equipes universitárias, com a criação de logos e produtos”, ressalta.

E com uma trajetória em eSports tão veloz quanto os avanços da tecnologia, em 2018, quando estava no final do Curso de Graduação teve mais uma conquista. “Recebi a proposta para fazer freelance para a Riot Games, dona do jogo League of Legends, o mais jogado na atualidade”, comemora.

O mercado de eSports está cada vez mais aquecido, resultado da evolução que ele sofreu ao longo dos anos, deixando de ser simplesmente jogos de videogame para se tornar um novo nicho do entretenimento, conquistando milhões de espectadores ao redor do mundo.

Para se ter uma ideia da expressividade dos eSports, um levantamento realizado pela Newzoo apontou que, em 2017, o Brasil possuía 66,3 milhões de gamers e movimentou US$ 1,3 bilhão com o negócio, sendo o principal mercado de jogos da América Latina e o 13º no ranking mundial.

Outro fato que chama a atenção ao crescimento dos eSports é a premiação do torneio de Dota 2, que é a maior competição do mundo de eSports. O torneio aconteceu entre os dias 20 e 25 de agosto de 2018, em Vancouver, no Canadá, e pagou U$ 25,5 milhões em prêmios, quase R$ 106 milhões, valor cerca de R$ 40 milhões maior do que a premiação paga na Série A do Brasileirão, que é a maior competição nacional de clubes, que ano passado distribuiu R$ 63,7 milhões em prêmios.

Em 2022, o eSport passa a ser, pela primeira vez, uma modalidade olímpica, já que no ano passado, o Conselho Olímpico Asiático confirmou que o eSport será uma das modalidades com disputa de medalha nos Jogos Asiáticos de 2022. O futuro dos eSports já chegou.



Silvia Perez de Freitas
12 de fevereiro de 2019