Acessibilidade  
Central de Atendimento ao Aluno Contatos oficiais Área do aluno

PUC-Campinas realiza missa de abertura do ano letivo de 2025 no Auditório do Campus I

A celebração foi realizada pelo Arcebispo Metropolitano de Campinas e Grão-Chanceler da PUC-Campinas, Dom João Inácio Müller

A PUC-Campinas abriu, formalmente, o seu ano letivo nesta sexta-feira, dia 21 de março, com a realização de uma missa no Auditório do Campus I da Universidade. Celebrada pelo Arcebispo Metropolitano de Campinas e Grão-Chanceler da PUC-Campinas, Dom João Inácio Müller, a cerimônia contou com a presença do Reitor da Universidade, Prof. Dr. Germano Rigacci Júnior; do Vice-Presidente da Sociedade Campineira de Educação e Instrução (SCEI), Prof. Dr. Mons. José Eduardo Meschiatti; do Vice-Reitor da PUC-Campinas, Prof. Dr. Pe. José Benedito de Almeida David; do Bispo da Diocese de São Carlos, Dom Luiz Carlos Dias; do Bispo da Diocese de Itapeva, Dom Eduardo Malaspina; do Vigário Geral da Diocese de Jaú, Pe. Celso Luiz Buscariolo, representando o Bispo Dom Francisco Carlos da Silva; do Reitor do Seminário de Filosofia da Arquidiocese de Campinas, Pe. Odair Costa Nogueira; do Reitor do Seminário de Jundiaí, Pe. Paulo Eduardo Souza; e do Reitor do Seminário de São Carlos, Pe. Luiz Albertus Sleutjs.

A cerimônia contou ainda com a presença do Dr. Peter Panutto, Secretário Municipal de Justiça de Campinas, representando o Prefeito Dário Saadi; do Sr. Aurílio Caiado, Secretário Municipal de Finanças de Campinas; do Dr. Altair Massaro, Diretor Geral do Hospital Maternidade de Campinas; do Superintendente do Hospital PUC-Campinas, Prof. Dr. Aguinaldo Pereira Catanoce; da Diretora do Colégio de Aplicação Pio XII, Profa. Silvana de Fátima Ribeiro da Cruz, além de pró-reitores, decanos, gestores, parceiros, professores, colaboradores, estudantes e membros da comunidade externa.

A responsabilidade humana diante da graça divina

Durante a celebração, Dom João Inácio Müller lembrou que Jesus Cristo ensinava a todos por meio de discursos e parábolas e assim foi revelando a sua missão de sinalizar, mostrar e estabelecer o Reino dos Céus, falando diretamente aos chefes do povo e aos anciãos, seus matadores. Ao lembrar da parábola dos vinhateiros homicidas, uma passagem do Evangelho de Mateus (esta fala sobre um proprietário que planta uma vinha e a arrenda a vinhateiros. Quando chega o tempo da colheita, o dono envia os seus servos para receber os frutos, mas eles são maltratados e mortos. Por fim, ele envia seu próprio filho que também é assassinado), Dom João explicou que Jesus a contou no intuito de que todos realizassem uma reflexão sobre a responsabilidade humana diante da graça divina, ressaltando a paciência e a justiça de Deus, que confia a sua vinha à humanidade, esperando frutos de justiça e de fidelidade.

“Essa parábola é uma espécie de resumo, como nós sabemos, da história da salvação. As vidas de Deus foram e são recusadas. O amor de Deus não foi e não é correspondido, mas Deus, louco de amor por nós, enviou o próprio filho, que igualmente não foi acolhido e, muitas vezes, ainda não o é. Hoje, um pequeno rebanho reconheceu e reconhece a voz do pastor. Seguiu e segue as suas pegadas. Iniciando este ano letivo, soa em nossos ouvidos a voz de nosso Papa Francisco, que insiste que o ensino eclesiástico esteja a serviço da missão evangelizadora da Igreja. Essa renovação fundamenta-se em quatro pilares essenciais: a temporalidade de Cristo como verdade, o diálogo aberto com as culturas, a integração dos saberes e o compartilhamento do conhecimento. Dessa forma, somos chamados a nos empenhar como comunidade universitária”, ressaltou o Arcebispo Metropolitano de Campinas.

Conhecimento não dissociado da fé

Dom João disse ainda que o conhecimento não pode ser dissociado da fé, pois ambos convergem na busca pelo sentido último da existência humana e que o saber acadêmico na Igreja “não é apenas intelectual, mas também espiritual e pastoral e até mesmo, político, no sentido próprio da palavra”. Ele explanou ainda que a universidade eclesiástica deve ser espaço onde a inteligência e a fé dialoguem, promovendo uma compreensão mais profunda do mistério de Deus e do serviço à humanidade.

“O cardeal José Tolentino de Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação da Santa Sé destaca a importância da Universidade como lugar de hospitalidade para a fé que amplia a razão. Segundo ele, a universidade cristã deve ser um espaço onde a busca pela verdade esteja conectada à busca por Deus e pela dignidade humana e esse pensamento nos desafia a enxergar a universidade não apenas como uma instituição acadêmica, mas como um espaço de cultivo da fé e de humanização, onde o saber encontra a sua vocação mais profunda, qual seja, iluminar a vida e transformar o mundo ao sabor e saberes de Cristo. Como peregrinos de esperança, celebrar o Jubileu no ambiente acadêmico reforça o papel transformador da educação e convida a comunidade universitária a renovar o seu compromisso com uma formação humana e fraterna que aprofunde as virtudes teologais da fé, esperança e caridade e, em consequência, os valores da dignidade humana, solidariedade e cuidado com a vida”, esclareceu o Arcebispo Metropolitano.

Esperança como virtude essencial na formação das novas gerações

Ele finalizou a sua explanação dizendo que diante dos desafios contemporâneos, a celebração jubilar reafirma a esperança como virtude essencial na formação das novas gerações, incentivando projetos participativos “que envolvam toda a comunidade acadêmica e sinalizem o Reino de Deus e o Cristo no meio de nós. Ao educar, a Universidade não apenas transmite conhecimento, mas também inspira sonhos e fortalece valores que promovem a paz, a justiça e o bem comum. Assim, o Jubileu da Esperança na PUC-Campinas é um convite para que o ensinar e o aprender sejam vividos como compromissos com a fé e com a construção de relações e espaços abençoados por Deus. O Ano Santo não é apenas uma etapa na caminhada da fé, mas um chamado a reconhecer Cristo no dia a dia. Neste sentido, o Papa Francisco nos conclama a encher o nosso dia a dia com o dom da esperança. ‘Não se esqueçam’, disse o Papa Francisco, ‘a esperança não decepciona nunca’. Que o ano jubilar inspire a nossa Universidade a ser testemunha de esperança, conhecimento e transformação, formando profissionais que sejam testemunhas vivas do Evangelho”.

Construção pela comunidade

Ao final da celebração, o Reitor da PUC-Campinas, Prof. Dr. Germano Rigacci Júnior dirigiu-se ao palco do Auditório e fez um discurso. Nele, ele comentou que a Universidade sempre estará em construção e que a construção de uma universidade nos tempos atuais requer o enfrentamento de grandes desafios que são colocados, não só para a PUC-Campinas, mas para as mais diversas universidades brasileiras e que, por se tratar de uma obra inacabada é preciso ressaltar que ela só pode ser construída pela comunidade.

“Essa não é a construção de um reitor, de pró-reitores, de diretores, de professores, mas de toda a comunidade. Eu me lembro sempre de um autor que eu estudei, que dá uma definição muito interessante de comunidade. ‘A unidade é o nosso, que é o eu, e o eu, que é o nosso’. Então, eu gostaria de agradecer a toda a comunidade universitária pelo trabalho nesses anos, que resultou na construção de muitos projetos importantes, seja para a ciência, seja para a cidade de Campinas, seja para o Brasil, e eu penso que hoje nós já temos um impacto global. Isso é um trabalho diário, coletivo, do dia a dia. E neste Ano Santo, jubilar, em que nós lançamos o Jubileu da Esperança, eu tendo a dizer que todos os nossos docentes se veem como peregrinos de esperança, porque no dia a dia, como diz o Papa Francisco, o ato de educar é sempre um ato que produz esperança. Se o docente vai à sala de aula, a esperança é de que ele forme aquele ou aquela estudante, não só do ponto de vista da formação técnico-científica, mas de uma formação humana integral, que é o grande propósito de nossa Universidade. Não basta formar só para a ciência ou para a tecnologia. Nós temos que formar para a vida e com valores que são bem claros. São valores éticos. Então eu peço a todos que, neste ano, se voltem à construção desses projetos, sempre com o compromisso de educar os nossos jovens”, encerrou o Reitor.

Missa de acolhida e Ano Jubilar

Sobre a celebração, o coordenador da Pastoral Universitária da Arquidiocese de Campinas, Pe. Antonio Douglas de Moraes, explica que ela foi uma missa de acolhida “que marca a nossa caminhada. Eu acho que isso é muito importante porque quando a gente caminha, a gente precisa saber para onde está caminhando, então, essa missa é uma cerimônia na qual a gente renova as nossas forças e esperanças e a nossa alegria de dar continuidade ao longo desse ano a todas as nossas ações aqui na comunidade acadêmica”.

O Ano Jubilar é um período de graça e perdão para os católicos de todo o mundo e acontece a cada 25 anos. O tema do Jubileu de 2025 é “Peregrinos de Esperança”. Ao final da missa, teve início a peregrinação do “Ícone do Jubileu do Mundo Educativo”, que percorrerá todos os departamentos da Universidade e do Colégio de Aplicação Pio XII, sendo um sinal visível do Ano Santo no cotidiano da PUC-Campinas.

“Em 2025, estamos no ano do Jubileu, que é um ano especial e que tenta provocar em nós essa renovação, essa confiança, essa esperança renovada. Às vezes, as nossas relações, em quaisquer ambientes, vão ficando desgastadas. Vai se acumulando, às vezes, um cansaço, então, esse ano do Jubileu é para a gente tentar renovar essa esperança, essa alegria e recuperar essa qualidade nas nossas relações interpessoais, inclusive no ambiente acadêmico”, encerra o padre Douglas.



Carlos Giacomeli
21 de março de 2025