
PUC-Campinas promove workshop que une programas de pós-graduação em prol da sustentabilidade e da segurança alimentar
Financiado pela CAPES, “Mãos à Horta” está com inscrições abertas e gratuitas e acontece na próxima terça, dia 7
Os programas de pós-graduação (PPGs) em Sustentabilidade, Sistemas de Infraestrutura Urbana e Direito da PUC-Campinas promovem, no próximo dia 7 de outubro, terça-feira, às 14h, no espaço Manacás, localizado no Campus I da Universidade, o 1º workshop “Mãos à Horta – Cultivando Esperança, Colhendo Direitos”, voltado à sustentabilidade e a segurança alimentar. A inscrição é gratuita e para realizá-la, basta clicar aqui. Para os moradores da região do Jardim Campo Belo, em Campinas, para o qual o projeto é voltado, e que estejam interessados em participar do evento, será disponibilizado transporte para facilitar o deslocamento ao Campus I.

O 1º workshop “Mãos à Horta – Cultivando Esperança, Colhendo Direitos”, realizado pelos programas de pós-graduação (PPGs) em Sustentabilidade, Sistemas de Infraestrutura Urbana e Direito da PUC-Campinas, acontecerá no espaço Manacás, localizado no Campus I da Universidade.
Vinculado a Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão, por meio do Programa de Extensão da Educação Superior na Pós-Graduação (PROEXT-PG), com financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e desenvolvido por pesquisadores dos Programas de Pós-Graduação em Sistemas de Infraestrutura Urbana, em Sustentabilidade e em Direito, o projeto, de acordo com a sua coordenadora, Profa. Dra. Renata Kelly Mendes Valente, “é uma importante ação desta agência de fomento (CAPES) que vem apontando novos direcionamentos na valorização de pesquisas com impacto na sociedade”.
O objetivo principal é apresentar e discutir as ações já desenvolvidas no projeto de pesquisa institucional “Hortas Comunitárias como Estratégia de Combate à Fome: Potencializando Transformações” (que incluem, até o momento, visitas técnicas e oficinas relacionadas ao direito saudável, a alimentação e a segurança alimentar) e divulgar aos alunos e alunas envolvidos, à comunidade da região do Jardim Campo Belo (onde as ações acontecem) e à comunidade acadêmica os primeiros materiais produzidos.

A coordenadora do evento, Profa. Dra. Renata Kelly Mendes Valente, diz que este “representa uma oportunidade única para… debater o papel das hortas comunitárias como estratégia de promoção da segurança alimentar, sustentabilidade urbana e cidadania, reforçando o compromisso com a responsabilidade social, unindo pesquisa e extensão em prol de uma sociedade mais justa, solidária e sustentável”.
Renata diz ainda que o projeto conta “com o financiamento de uma bolsa de iniciação de extensão a uma aluna do curso de graduação em Engenharia Agronômica, bem como de uma pós-doutoranda, que atuam diretamente na execução de atividades relacionadas a implantação de hortas comunitárias”.
Sobre o workshop propriamente dito, ela diz que este “representa uma oportunidade única para divulgar o projeto de pesquisa e debater o papel das hortas comunitárias como estratégia de promoção da segurança alimentar, sustentabilidade urbana e cidadania, reforçando o compromisso com a responsabilidade social, unindo pesquisa e extensão em prol de uma sociedade mais justa, solidária e sustentável”.
Programação
A abertura do evento será realizada pela pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão, Profa. Dra. Alessandra Borin Nogueira, e pela gerente de Extensão, Profa. Dra. Vera Lúcia Plácido, recebendo os participantes.
A seguir, a Profa. Dra. Márcia Regina Longo, do PPG em Sistemas de Infraestrutura Urbana, mediará a mesa redonda “Hortas Comunitárias, Sustentabilidade e Direito à Alimentação”, com a participação do engenheiro agrônomo, mestre pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), doutor pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e pesquisador científico no Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Afonso Peche Filho, que tratará do tema “Hortas Comunitárias como Patrimônio Vivo”. Atuante em engenharia de biossistemas, com foco em mecanização agrícola conservacionista, gestão ambiental e recuperação de bacias hidrográficas, ele ainda desenvolve projetos de pesquisa e extensão voltados à sustentabilidade, impactos socioambientais e inovação para a agricultura.

De acordo com a Profa. Dra. Cibele Roberta Sugahara, o “Mãos à Horta”, “discutirá como é possível criar, a partir da horta comunitária urbana, um sistema sustentável de produção de alimentos, com ações resilientes que melhorem o acesso das pessoas da comunidade da região do Campo Belo, em Campinas, a alimentos seguros e nutritivos”.
Participam ainda da ação, a Profa. Dra. Renata Kelly Mendes Valente, com a apresentação do projeto “Mãos à Horta”; a Profa. Dra. Cibele Roberta Sugahara, do Programa de Pós-Graduação em Sustentabilidade, que irá tratar de “Sustentabilidade (ODS 2): Impactos Socioambientais e Econômicos do Acesso à Alimentação”; a Dra. Camila Albuquerque, pesquisadora de pós-doutorado do Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Infraestrutura Urbana, que apresentará os resultados preliminares da cartilha educativa “Mãos à Horta”, que aborda o direito humano à alimentação adequada, a importância das hortas comunitárias e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), elaborado por professores, pesquisadores e estudantes da Universidade; e, por fim, o Prof. Dr. Cláudio José Franzolin, do PPG em Direito, que irá tratar do “Direito à Alimentação”. O espaço das palestras será aberto para perguntas e comentários de todos os presentes interessados.
Ao final do evento, a Profa. Dra. Renata Kelly Mendes Valente realizará o lançamento da cartilha “Mãos à Horta” na presença de estudantes que trabalharam em sua elaboração. Logo depois, haverá uma exposição de pôsteres com pesquisas acadêmicas e experiências de extensão relacionadas à temática do evento, com a promoção de troca de conhecimentos e a integração entre universidade e comunidade, e será realizado um café comunitário, com o intuito de fomentar a convivência e o diálogo entre os participantes.
Trabalhando a sustentabilidade na prática
De acordo com a Profa. Dra. Cibele Roberta Sugahara, do Programa de Pós-Graduação (PPG) em Sustentabilidade, o projeto de pesquisa “Hortas Comunitárias como Estratégia de Combate à Fome: Potencializando Transformações” é uma iniciativa que “articula a pesquisa e a extensão universitária e trabalha o tema da sustentabilidade na prática, com o alcance da segurança alimentar e a melhoria da nutrição em uma perspectiva de inclusão social e cidadania, em que a comunidade é o motor de articulação das ações”.

A Profa. Dra. Regina Márcia Longo explica que o “Mãos à Horta” é um projeto piloto em que “por meio de ações de diferentes naturezas (ensino, pesquisa e extensão) visa propor, discutir, interagir, nuclear, trocar, vivenciar e agir no sentido de contribuir para o entendimento das hortas comunitárias como uma ferramenta de inclusão e transformação da sociedade”.
Em relação ao “Mãos à Horta”, ela diz que este “discutirá como é possível criar, a partir da horta comunitária urbana, um sistema sustentável de produção de alimentos, com ações resilientes que melhorem o acesso das pessoas da comunidade da região do Campo Belo, em Campinas, a alimentos seguros e nutritivos, contribuindo com o preconizado pelo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 2, ‘Fome Zero e Agricultura Sustentável’, da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU)”.
A Profa. Dra. Regina Márcia Longo, do Programa de Pós-Graduação (PPG) em Sistemas de Infraestrutura Urbana, por sua vez, explica que o “Mãos à Horta” é um projeto piloto em que “por meio de ações de diferentes naturezas (ensino, pesquisa e extensão) visa propor, discutir, interagir, nuclear, trocar, vivenciar e agir no sentido de contribuir para o entendimento das hortas comunitárias como uma ferramenta de inclusão e transformação da sociedade” e que “esperamos plantar e colher muitos frutos juntos com a comunidade da região do Campo Belo”.
Sensibilidade com a coletividade
De acordo com o Prof. Dr. Cláudio José Franzolin, do Programa de Pós-Graduação (PPG) em Direito, “é preciso reconhecer que o papel das universidades e sua função institucional passou a ter maior sensibilidade com as questões sociais e humanas da coletividade e as pesquisas não podem mais ser elaboradas para servirem a própria Universidade, que passou a ter uma função social relevante para a comunidade onde ela se localiza e, por isso mesmo, a exigência de órgãos de fomento como a CAPES hoje é maior e só cresce”.

De acordo com o Prof. Dr. Cláudio José Franzolin, “durante o evento, será possível que pessoas não envolvidas com o projeto tomem contato com ele, sendo uma oportunidade para agregar esforços, propagar ideias e debater com pesquisadores e profissionais de outras áreas e de órgãos públicos, mas, acima de tudo, sensibilizar as pessoas da própria comunidade que se interessarem em vir participar”.
Ele continua dizendo que “nós pesquisadores, conforme avançamos e desenvolvemos as nossas pesquisas, devemos dar sentido, objetivo e relevância a elas em relação a coletividade em que estão inseridas e é isso que os órgãos reguladores de fomento e das universidades esperam delas, para que promovam o desenvolvimento, a melhora e o aperfeiçoamento da sociedade”.
Relevância social e inclusão
“Quanto ao projeto ‘Hortas Comunitárias como Estratégia de Combate à Fome: Potencializando Transformações’, ele foi pensado, elaborado e aprovado pelos órgãos institucionais e pela CAPES no sentido de trazer relevância social associada a construção de propostas que tenham a ver com uma cidade mais inclusiva, com ênfase na segurança alimentar e nos modos de facilitar o acesso à alimentação mais saudável”, segundo o professor.
Cláudio comenta ainda que “por isso mesmo foi pensada a horta comunitária urbana, sendo uma pesquisa para servir como proposta piloto e também para potencializar a cidadania participativa direta das pessoas da comunidade onde ela pode vir a ser implantada. Ademais, acrescentemos, também, que devemos alinhavar pontes com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), cujos objetivos, dentre outros, incluem o combate à fome e a construção de cidades mais inclusivas e sustentáveis e as hortas comunitárias têm, exatamente, essa conexão de sentido, entre pesquisa e os novos desafios colocados pela ONU, à medida que apontou os seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Este workshop tem, justamente, a perspectiva de servir para apresentar o projeto e também apontar os objetivos, uns já alcançados e outros ainda em elaboração e desenvolvimento”.
“Durante o evento, será possível que pessoas não envolvidas com o projeto tomem contato com ele, sendo uma oportunidade para agregar esforços, propagar ideias e debater com pesquisadores e profissionais de outras áreas e de órgãos públicos, mas, acima de tudo, sensibilizar as pessoas da própria comunidade que se interessarem em vir participar”, finaliza o professor.

