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Etnológica


Coleção que deu origem ao acervo do Museu Universitário da PUC-Campinas. O acervo foi iniciado com a reunião de objetos que o professor de antropologia Dr. Alfonso Trujillo Ferrari e alunos trouxeram de expedições realizadas às aldeias de índios Bororo e Xavante.

Em 1963, o Prof. Desidério Aytai passou a ser o responsável por este acervo, organizando sistematicamente as coleções e suas peças. Nesta época foi implantado o HRAF, Human Relation Area Fields como sistema de catalogação das peças. O prof. Desidério Aytai (que atuou no museu de 1963 a 1985) deu continuidade às expedições junto aos Xavante, enriquecendo o conjunto com materiais trazidos de suas diversas missões de pesquisa de campo com povos indígenas e de escavações arqueológicas.

Em 1977, a PUC-Campinas, que vinha mantendo o seu Museu Universitário, assinou convenio com a Prefeitura Municipal de Paulínia, cedendo temporariamente a esse município as suas coleções, mas, preservando o direito de reavê-las. Desse período, de grande representatividade científica do Museu, surge o Boletim do Museu de Paulínia, revista científica que circulou entre os museus brasileiros e internacionais ao longo de uma década, tendo como pesquisador, orientador e curador o Prof. Desidério Aytai.

A partir da década de 1980, com o retorno do acervo para a Gestão da PUC Campinas, o acervo é ampliado por meio das ações de pesquisa do Professor Desidério Aytai, e na mesma época foi estudado e agregado por outros professores e pesquisadores, em especial, o prof. Agenor José Farias (Ciências Sociais) e a professora Dulcimira Capisani (Artes Visuais).

Essa coleção de grande representatividade e importância é composta por instrumentos musicais, herbário, adornos corporais, trajes rituais e utensílios diversos. Algumas das etnias representadas na coleção: Baniwa (AM), Bororo (MT), Guarani (SP), Kadiwéu (MS), Kayapó (PA), Kaingang (SC), Kamaiurá (MT), Karajá (GO), Karitiana (RO), Krikati (MA), Maku (AM), Parakanã (PA), Pareci (MT), Pataxó (BA), Sateré-Mawé (AM), Terena (MS), Ticuna (AM), Tukano (AM), Urubu Kaapor (MA), Xavante (MT), Xerente (TO) e Yanomami (AM).

Flecha Xavante recebida pelo museu em 1963. Peça trabalhada em um único pedaço de bambu
Flecha Xavante recebida pelo museu em 1963. Peça trabalhada em um único pedaço de bambu.
Cocar Kaiapó recebido pelo Museu em 1973. O adorno de plumagem para cabeça possui fixação das penas estruturadas sobre um cordel de algodão trançado, onde as penas brancas da orla são costuradas por finos fios de fibra vegetal.
Cocar Kaiapó recebido pelo Museu em 1973. O adorno de plumagem para cabeça possui fixação das penas estruturadas sobre um cordel de algodão trançado, onde as penas brancas da orla são costuradas por finos fios de fibra vegetal.
Cesto Krikati doado ao museu em 1975. Feito em lasca de taquarinha, com forma cilíndrica, possui duas tonalidades de fibra, criando um desenho decorativo, conforme os tons acompanham a disposição das fibras. A extremidade interna é reforçada com uma trança e do lado externo com uma lasca de taquarinha; este reforço da borda é amarrado com seda de buriti trançada.
Cesto Krikati doado ao museu em 1975. Feito em lasca de taquarinha, com forma cilíndrica, possui duas tonalidades de fibra, criando um desenho decorativo, conforme os tons acompanham a disposição das fibras. A extremidade interna é reforçada com uma trança e do lado externo com uma lasca de taquarinha; este reforço da borda é amarrado com seda de buriti trançada.
Máscara Buriti feita de fibras, recebida pelo Museu em 1989. Sobre a cabeça do ornamento prende-se muitos fios de buriti que caem longos e compridos, representando cabelos. Possui um laço de fita na cor vermelha de cada lado que prende os fios.
Máscara Buriti feita de fibras, recebida pelo Museu em 1989. Sobre a cabeça do ornamento prende-se muitos fios de buriti que caem longos e compridos, representando cabelos. Possui um laço de fita na cor vermelha de cada lado que prende os fios.