Museu Universitário da PUC-Campinas abre duas exposições
As mostras trazem peças relacionadas à Arquidiocese de Campinas e sua história desde 1774
O Museu Universitário da PUC-Campinas abriu duas novas exposições no dia 23 de junho, dentro das comemorações dos 80 anos da Universidade. A curadoria é de Rodrigo Luiz dos Santos, com pesquisa e textos de Gabriel de Barros Amstalden. Local Campus I – Prédio da Reitoria. Por enquanto, elas estão abertas apenas para o público interno e terão visitas monitoradas. As inscrições podem ser feitas clicando aqui.
Participaram da inauguração o Reitor Prof. Dr. Germano Rigacci Júnior, o Arcebispo Metropolitano de Campinas e Grão-Chanceler da PUC-Campinas D. João Inácio Müller, e o Vice-Reitor Prof. Dr. Pe. José Benedito de Almeida David, além dos pró-reitores e funcionários envolvidos no evento. A abertura foi transmitida pelo Youtube para evitar concentração seguindo as recomendações sanitárias.
“As exposições têm como objetivo, dentro do cenário das comemorações dos 80 anos da nossa instituição, fazer a ponte entre a história da Arquidiocese de Campinas e a PUC-Campinas, não esquecendo ainda de interligar essas instituições coirmãs ao território, ou seja, a cidade de Campinas”, diz o curador Rodrigo.
A exposição “Arquidiocese de Campinas – um legado de fé” mostra o legado histórico, social, afetivo e espiritual dos Bispos e Arcebispos da Arquidiocese de Campinas, representativos para a edificação não somente do arcebispado e da cidade, mas também para a PUC-Campinas. O acervo pertencente ao Museu Arquidiocesano de Campinas e conta com imagens votivas, altares e objetos litúrgicos, que compõem um patrimônio importante para a história dessa Igreja.
Esse patrimônio histórico-artístico é testemunho concreto da religiosidade e criatividade artesanal e artística expressa pelas comunidades cristãs para dar beleza aos lugares de culto, da piedade e da vida religiosa. Dessa forma, o seu legado promove um campo de estudo e de preservação da memória, fundamentando as bases formadoras da sociedade e de pertencimento a essa história.
A segunda exposição é a “Imaginária Devocional na Formação da Arquidiocese de Campinas”. A mostra tem por objetivo apresentar, através de uma seleção singular de imagens devocionais, os primórdios da vida religiosa em Campinas, desde a sua fundação em 1774 e seu posterior desenvolvimento até a criação da Diocese em 1908 e sua consequente elevação a Arquidiocese em 1958.
As imagens devocionais selecionadas, pertencentes ao acervo do Museu Arquidiocesano de Campinas, estão intimamente ligadas, a história da cidade de Campinas, como das Capelas do então Bispado campineiro.
Integram a presente mostra uma imagem de Nossa Senhora do Rosário, do século XVIII, que segundo documentação, foi utilizada na Celebração Religiosa que marca a fundação da então Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Campinas do Mato Grosso de Jundiaí, e uma imagem de Nossa Senhora do Rosário, ligada a primeira capela da cidade de Serra Negra.
A exposição também mostra a evolução dos processos de produção da imaginária devocional paulista, como o uso do barro cozido no século XVIII, a transição para a feitura das imagens em madeira, assim como, a vinda de imagens europeias para a região que seguem cronologicamente o desenvolvimento da cidade de Campinas e de sua região e com isso demonstrar a relação existente entre as irmandades religiosas, a religiosidade popular e o dia a dia da sociedade com suas oscilações econômicas e transformações sociais com a produção dessas imagens.
“A presente exposição, além de trazer imagens devocionais do séc. XVIII e XIX, como a Imagem de Nossa Senhora do Rosário, datada de 1770, e que esteve presente na missa de Fundação da então Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Campinas do Mato Grosso de Jundiaí (atual cidade de Campinas), faz por si só a ponte com a história da cidade de Campinas. Assim como báculos e objetos de culto de alguns Arcebispos, que desenvolverem papeis importantes dentro do cenário do reconhecimento da nossa universidade com o titulo de Pontifícia nos idos da década de 1970, e suas posturas educacionais como Grão-chanceleres da nossa Universidade. Desse modo, as exposições carregam através dos acervos expostos, passagens singulares da construção dessa história”, disse.