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Exposição realizada pela PUC-Campinas em homenagem à Mário Penteado recebe visita de genro do arquiteto

O engenheiro José Herculano revisitou memórias na mostra “Cidade Esmaecida: Mário Penteado e sua Campinas: Leituras em Construção”

O engenheiro José Herculano, genro do renomado engenheiro-arquiteto Mário Penteado, homenageado pela PUC-Campinas na exposição “Cidade Esmaecida: Mário Penteado e sua Campinas: Leituras em Construção”, fez, no último dia 30 de outubro, uma visita à mostra organizada pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, pelo Museu Universitário e pelo Sistema de Bibliotecas e Informação (SBI).

A exibição, que acontece na Biblioteca do Campus I, de segunda a sexta, das 7h30 às 22h45, e conta com entrada gratuita, propõe um olhar reflexivo sobre a obra e o legado do engenheiro-arquiteto Mário Penteado, cuja atuação ultrapassou os limites de Campinas e consolidou importantes referências para a arquitetura moderna no século XX. Por meio de projetos, aquarelas, documentos e registros, a exposição revisita a memória da cidade e seus processos de transformação, revelando como a modernização urbana pode, por vezes, sobrepor-se à sensibilidade e à história que compõem o tecido da vida cotidiana.

Na foto, o engenheiro José Herculano (ao centro), genro do renomado engenheiro-arquiteto Mário Penteado, durante visita à mostra, ladeado pelos professores Dra. Ana Paula Farah e Dr. Renan Alex Treft (curador da mostra) e do coordenador do SBI, Me. Sérgio Eduardo Silva de Caldas (primeiro da direita para a esquerda).

Com pesquisa e textos dos professores da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Dra. Ana Paula Giardini Pedro Trevisan, Dra. Ana Paula Farah e Dr. Renan Alex Treft, a exposição transforma o espaço da Biblioteca em um percurso expositivo que convida o visitante à leitura visual e afetiva da cidade, reconhecendo a importância da preservação do patrimônio arquitetônico e cultural como expressão coletiva, reafirmando o compromisso da Universidade com a valorização da memória, da pesquisa e da cultura, promovendo o diálogo entre ensino, patrimônio e sociedade.

Traçando novas possibilidades
Integrante da Semana do Livro, Leitura e Memória, que aconteceu entre 27 e 30 de outubro, a mostra busca recompor “a paisagem sensível de uma Campinas em constante transformação, afinal, a cidade é um organismo vivo, feita de memórias, afetos e camadas que o tempo redesenha e entre aqueles que contribuíram para moldar a sua forma, Mário Penteado se destaca, uma vez que foi um criador que projetou edifícios, traçando novas possibilidades para a Campinas que nascia moderna”, explica a Profa. Dra. Ana Paula Giardini Pedro, diretora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Campinas.

A exposição “Cidade Esmaecida: Mário Penteado e sua Campinas: Leituras em Construção” está localizada na Biblioteca do Campus I, seguindo neste lugar até o final do ano. No início do ano que vem, ela será enviada para a Biblioteca do Centro de Ciências Humanas, Jurídicas e Sociais (CCHSA), de onde deverá partir para o Campus II, para o Colégio de Aplicação Pio XII e, eventualmente, para outras instituições.

Durante a visita, o engenheiro José Herculano emocionou-se ao revisitar obras, lugares e histórias que se entrelaçam à sua própria trajetória familiar. Ele destacou a alegria de reencontrar fragmentos do tempo e ressaltou a importância da preservação desse acervo dizendo que “reviver essas memórias é reconhecer tudo o que foi construído, com afeto, visão e compromisso com a cidade”.

A diretora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo ressalta ainda que “o acervo com os desenhos, projetos e registros de Mário Penteado oferece valioso material para a graduação e pós-graduação, seja da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, seja de inúmeros outros cursos da Universidade, uma vez que permite inúmeras possibilidades de estudos e exercícios visando a compreensão dos processos da constituição da paisagem da cidade em um período de crescimento acelerado e de recuperação econômica após duas crises: a de febre amarela (cujo surto mais devastador se deu em 1889) e a do café (cujo auge se deu com a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929, o que marcou o fim de seu ciclo no Brasil), quando o seu trabalho teve alcance nacional e contribuiu para delinear a paisagem de Campinas a partir da década de 1930”.

Compreendendo a cidade de outros tempos
Para o curador da exposição, o professor Renan Alex Treft, “a revisitação crítica e analítica do acervo do engenheiro-arquiteto Mário Penteado possibilita uma construção historiográfica condizente com as realidades arquitetônicas desenvolvidas no Brasil durante parte do século XX, sobretudo na cidade de Campinas. Estudar a sua obra, em suas diversas camadas passíveis de leitura, revela aspectos da dinâmica urbana e da produção do espaço habitado nas décadas passadas e possibilita o conhecimento das condicionantes que, não só permitem compreender a cidade de outros tempos, como também orientam o planejamento urbano no tempo presente, especialmente no campo da preservação do patrimônio cultural”.

A exibição acontece de segunda a sexta, das 7h30 às 22h45, e conta com entrada gratuita, propondo um olhar reflexivo sobre a obra e o legado do engenheiro-arquiteto Mário Penteado, cuja atuação ultrapassou os limites de Campinas e consolidou importantes referências para a arquitetura moderna no século XX. Por meio de projetos, aquarelas, documentos e registros, a exposição revisita a memória da cidade e seus processos de transformação, revelando como a modernização urbana pode, por vezes, sobrepor-se à sensibilidade e à história que compõem o tecido da vida cotidiana.

“A exposição reforça a relevância da guarda e difusão do patrimônio arquitetônico e cultural, preservando a memória do artista e oferecendo ao público a oportunidade de refletir sobre a Campinas que se movimenta, que preserva e que se reinventa. Parte do acervo em exibição está sob a tutela do SBI, que mantém o compromisso de salvaguardar e promover o acesso a essa herança cultural, garantindo que as histórias e imagens de Campinas continuem vivas para as próximas gerações”, lembra Renan.

Encontro entre leitura e memória
Para o coordenador do SBI, Me. Sérgio Eduardo Silva de Caldas, ações como a realização da exposição fortalecem o papel vivo e transformador das bibliotecas em âmbito universitário. Segundo ele, “promover o encontro entre leitura e memória é uma das formas mais bonitas de manter uma biblioteca viva. Ao acolher mostrar como esta, o SBI vai além da guarda de acervos e se transforma em um espaço de diálogo entre o passado e o presente. Destaco ainda o excelente trabalho realizado pelo Museu Universitário, cuja parceria qualifica e enriquece esse tipo de iniciativa”.

O coordenador do Museu Universitário, o museólogo Rodrigo Luiz dos Santos, esclarece que “entre os nomes que moldaram a Campinas moderna, Mário Penteado ocupa lugar de destaque, por ter sido um engenheiro-arquiteto que projetou a cidade e deixou nela marcas de uma época em que o progresso se fazia também desenho e sonho”.

Ele encerra dizendo que “a cidade é um organismo vivo. Ela é feita de lembranças, afetos e transformações e nas ruas e nas fachadas, nos gestos e nos planos, habitam histórias que o tempo insiste em redesenhar e esta mostra reafirma o compromisso da Universidade com a valorização da memória, da pesquisa e da cultura, promovendo o diálogo entre ensino, patrimônio e sociedade, preservando e difundindo a memória arquitetônica e cultural campineira”.

Até o final do ano
A exposição “Cidade Esmaecida: Mário Penteado e sua Campinas: Leituras em Construção” está localizada na Biblioteca do Campus I, seguindo neste lugar até o final do ano. No início do ano que vem, ela será enviada para a Biblioteca do Centro de Ciências Humanas, Jurídicas e Sociais (CCHSA), de onde deverá partir para o Campus II, para o Colégio de Aplicação PIO XII e, eventualmente, para outras instituições.



Daniel Bertagnoli
1 de dezembro de 2025