
Lançamento do livro Terra de Sangue, Sangue na Terra!: O Rastro do Colono-Capitalismo em Pindorama
Lançamento do livro Terra de Sangue, Sangue na Terra!: O Rastro do Colono-Capitalismo em Pindorama
O Centro de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros Dra. Nicéa Quintino Amauro (CEAAB), da PUC-Campinas, receberá o lançamento do livro “Terra de Sangue, Sangue na Terra!: O Rastro do Colono-Capitalismo em Pindorama”, de Givalnildo Giva M. da Silva.
O evento será realizado no dia 18 de junho, das 9h às 11h30, no espaço do CEEAB, sala 8 do prédio H13, no Campus I, e contará com a presença do autor para discutir sobre as lutas e resistências dos povos indígenas em Pindorama.
Síntese do livro:
O livro se configura como um potente manifesto que denuncia as violências históricas contra os povos originários de Pindorama (Brasil), revelando as estratégias de silenciamento impostas pelo Estado, mas também celebrando cinco séculos de resistência.
Giva, autor e liderança indígena em contexto urbano, assume o papel de narrador dessa trajetória, dialogando com as vozes de seus parentes e trazendo à tona memórias que desafiam a história oficial. Sua análise combate o racismo epistêmico, propondo uma reescrita da história a partir das perspectivas indígenas, fundamentada em relatos testemunhais e vivências coletivas.
Além de uma crítica contundente, a obra é um convite à ação, rejeitando a passividade diante das estruturas opressoras. Giva não apenas expõe as feridas do colonialismo, mas aponta caminhos para a transformação, destacando a importância da articulação política entre movimentos indígenas e outras forças sociais progressistas. O livro defende que a luta deve ser plural, construída em alianças que amplifiquem as demandas por justiça e reparação, sempre com a natureza e o Bem Viver como eixos centrais.
Nos capítulos finais, o autor reforça a ideia de que a história não é um fato imutável, mas um campo em disputa, que precisa ser constantemente revisitado e ressignificado. A obra se encerra como um chamado utópico e decolonial, convocando todos a se unirem na construção de um novo projeto de sociedade – um em que a diversidade de existências seja não apenas tolerada, mas celebrada como fundamento de um Estado verdadeiramente democrático e plural.
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