
PUC-Campinas inaugura Espaço Tamurá em cerimônia que celebra a união entre Universidade e Sociedade
Evento histórico contou com a presença de autoridades, plantio simbólico de árvore e bênção do Grão-Chanceler, marcando o início de um novo capítulo para a Extensão e programas Universitários
Em uma cerimônia marcada pela emoção e pelo forte simbolismo, a PUC-Campinas inaugurou nesta terça-feira (7) o Espaço Tamurá, novo polo de inserção Inovação Social voltado à Extensão, à Pesquisa e à Curricularização, visando fortalecer o vínculo entre a Universidade e a Comunidade. O evento demarcou um histórico, reafirmando o compromisso da Instituição com a construção de uma sociabilidade cada vez mais humana, justa e solidária. No novo espaço, referências comunitárias, representantes de instituições parceiras e iniciativas sociais, além de discentes e docentes encontrarão um ambiente de integração, colaboração e desenvolvimento social. Esse projeto reflete o compromisso da Universidade com a educação e com a formação integral da pessoa humana.
A cerimônia inaugural contou com a participação do Arcebispo Metropolitano e Grão-Chanceler da PUC-Campinas, Dom João Inácio Müller; do Reitor da Universidade, Prof. Dr. Germano Rigacci Júnior; do Frei Luciano Elias Bruxel, da Ordem dos Frades Menores da Província do Rio Grande do Sul; do Prof. Dr. Everton Silveira, responsável pelo Programa de Desenvolvimento Humano e Integral: Levanta-te e Anda (PDHI:LA) e do Prof. Me. José Donizeti de Souza, Coordenador do Centro de Cultura e Arte (CCA) e da Coordenadoria Geral de Atenção à Comunidade Interna (CACI) da PUC-Campinas. A voz da comunidade foi representada por Silene Cardoso, liderança do Campo Belo, e o evento também abriu espaço para os depoimentos de Leo Torres, profissional da saúde, e da funcionária e estudante Viviane Gonçalves da Silva juntamente com o estudante Oliver Santiago Ide, que partilharam suas experiências na Universidade.
A programação teve início com uma delicada apresentação de Música de Câmara, que recepcionou os convidados, seguida por uma emocionante performance do Coral do Centro de Promoção por um Mundo Melhor (CEPROMM), composto por 40 crianças do Projeto Oásis, juntamente com representantes do Campo Belo, sob regência da Maestrina Fátima Marília Viegas Rabetti do CACI da PUC-Campinas.
Os discursos de abertura reforçaram a missão do novo espaço. Dom João Inácio Müller, Arcebispo Metropolitano e Grão-Chanceler da PUC-Campinas, falou sobre a missão de Jesus refletida na iniciativa. “Jesus ensinou nos templos, nas sinagogas, mas os lugares onde mais esteve foi nas ruas, nas vilas, na beira do mar da Galileia, onde a vida das pessoas simples acontecia. Nós queremos ser mais assim. Estar na sala de aula, ocupados com livros, celulares, computadores, com ciência e com técnica, com informação, mas isso deve nos levar a tocar a vida das pessoas que mais precisam”, disse.
O Prof. Dr. Germano Rigacci Júnior, Reitor da PUC-Campinas, ressaltou o fortalecimento e a concretização da missão da Universidade. “Penso que um projeto como esse no contexto da Universidade, que tem três grandes missões: ensinar, pesquisar e desenvolver trabalhos junto à sociedade, é uma iniciativa que segue o modelo que o Papa Francisco pensava para a formação, ensinar a mente, o coração e as mãos. O projeto e o espaço aqui inaugurados, darão continuidade à formação de corações que já vem acontecendo nos diversos projetos que envolvem professores, estudantes e a Comunidade aqui presente”.
O Prof. Dr. Everton Silveira, responsável pelo PDHI:LA, explicou a escolha do nome do Espaço. “O nome nasce das raízes da língua tupi-guarani que significa lugar onde se faz o caminho. É o encontro das vozes. Inauguramos uma terra de travessia, de escuta, onde as vozes da Universidade e da Comunidade, se encontram, se reconhecem e se transformam mutuamente. O Espaço Tamurá é mais do que um lugar físico, é um símbolo vivo do movimento de partilha. Aqui se afirmam as mais diversas formas de saber, se estimula o pensamento crítico, autônomo e criativo, se fazem e se refazem os vínculos entre ciência, cultura e vida. É um espaço que traz o sentido mais profundo da missão dessa Universidade, que é de formar seres humanos comprometidos com a justiça, com o diálogo e com a transformação social. O Tamurá é a casa das conexões humanas, é a sala de estar onde a PUC-Campinas acolhe sua Comunidade, onde se produzem sentidos, semeiam ideias e colhem transformações. Queremos cultivar a escuta sensível, o diálogo que constrói, a ternura que resiste, a ciência que toca a vida e devolve dignidade às realidades mais vulnerabilizadas”.
O Prof. Me. José Donizeti de Souza, Coordenador da CACI e do CCA da PUC-Campinas, disse que é uma “alegria estar em um espaço como o Tamurá, um espaço da Comunidade interna e externa, de pessoas que precisam de atividades e projetos, de humanização. Como dizia o Papa Francisco, educação se faz em três dimensões e entendo que o Tamurá trabalha realmente a dimensão do afeto, da acolhida e que promove, a partir de projetos comunitários, o convívio, a troca de saberes, de experiências, de crescimento. A nossa Universidade, que nasce do coração da Igreja, deve criar senso de Comunidade, como o Papa João Paulo dizia. E a CACI e o CCA trabalham nesta vertente”.
Plantio do Tamurá
Dois atos simbólicos marcaram a inauguração: o descerramento da Placa Inaugural pelo Grão-Chanceler e pelo Reitor, e o plantio de uma muda de Tamurá. Conduzido pelo Frei Luciano Elias Bruxel, o plantio contou com a participação dos recém-formados facilitadores de Círculos de Construção de Paz, representando a esperança e a renovação. O ápice da cerimônia foi a bênção do Espaço, concedida por Dom João Inácio Müller.
Após o ato inaugural, os convidados puderam conhecer as novas instalações durante um café, ao som do Maestro Flávio Corilow e com a coreografia de Adnã Ionara. O Espaço Tamurá será a nova sede do PDHI:LA, do CCA e da CACI, além de oferecer um local de convivência para os estudantes do Manacás e atuar como ponto de convergência para outros programas institucionais, como o Vitalità, o CEAAB, o Pró-Habitat e o Observatório PUC-Campinas.





