
‘Poéticas da Inerência’ é a nova exposição na Galeria de Artes Visuais da PUC-Campinas
Mostra reúne trabalhos de formandos em Artes Visuais e poderá ser visitada gratuitamente entre 29 de setembro e 10 de outubro
A Galeria de Artes Visuais da PUC-Campinas, localizada no prédio H07, no Campus I, recebe, a partir desta segunda-feira (29), às 20h50, a exposição Poéticas da Inerência, desenvolvida por um grupo de alunos do Curso de Artes Visuais como parte de seus Trabalhos de Conclusão de Curso. A mostra reúne obras de Cayari Nascimento, Fernanda Ayumi, Jonatas Santana, Júlia Romero, Lyvia Benvenuti, Mariana Latorre, Pedro Truzzi e Rogério Filho, sob orientação da Profa. Me. Andréia Dulianel. A entrada é gratuita para o público.
A exposição “Poéticas da Inerência” apresenta um conjunto de trabalhos que explora o inconsciente da identidade do sujeito, aludindo à nostalgia, à deriva e o caminhar pelo mundo. É composta por obras que combinam múltiplos materiais e técnicas artísticas, tanto em suportes bidimensionais quanto em suportes tridimensionais.
Sobre as obras expostas:
Cayari Nascimento apresenta a obra Sou(l), um Livro de Artista que se constrói como corpo sensível e território poético. Em formato de diário de bordo, mas entendido pela artista como Livro-Corpo, o trabalho convida o espectador a mergulhar em fragmentos de vivência, anotações, colagens, fotografias e experimentações gráficas que não se organizam necessariamente em forma linear. O percurso artístico de Cayari não busca a perfeição ou o acabamento, mas sim acolhe a falha, o rascunho e o excesso como potência estética.
Fernanda Ayumi apresenta um conjunto de ilustrações feitas com lápis carvão e giz pastel seco, explorando o desenho como forma de expressão de sentimentos e linguagem não verbal. Ao analisar sentimentos de dor e vulnerabilidade, sua produção investiga o contraste entre claro e escuro, usando figuras humanas e formas disformes que evocam intensidade e sensibilidade.
O trabalho de Jonatas Santana surgiu com o intuito de preservar as memórias familiares e coletivas através da fotografia. O projeto vem com a ideia de subversão ao seu final, pois todos os trabalhos são colagens feitas através da destruição, recorte, metamorfose e modificações das fotos tiradas. O que antes servia como preservação de momentos, agora sintetiza-se diferentemente em novas perspectivas. O trabalho exposto se trata da junção de todas essas colagens de imagens.
Júlia Romero propõe a nostalgia através de sua boneca de pano. Uma obra tátil e interativa feita com ferramentas utilizadas por meio do contato com elementos familiares como tecidos e madeira. Ao mesmo tempo retoma atividades artísticas sintonizadas ao papel feminino que, dentro da sociedade, não são lidas como arte e estão “escondidas” em ambientes domiciliares.
Lyvia Benvenuti expõe seu livro de artista “Derivivências”. Explora seus vínculos com o espaço urbano de Campinas por meio de técnicas como linogravura, colagem, arte digital e stencil. Com isso, propõe um movimento de deriva no espaço urbano e na linguagem artística.
Mariana Latorre traz o seu trabalho “Entrelaços e Lembranças”, onde apresenta uma série de bordados inspirados em sua relação com as mulheres de sua família. Ela traz falas e imagens dessas pessoas e mostra como elas ajudaram a artista a se tornar a mulher que é hoje, graças aos seus ensinamentos. Ela constrói uma narrativa visual em que cada elemento dos bordados carrega significados pessoais e coletivos, transformando a obra em um espaço de memória, afeto e identidade.
Pedro Ávila registra as muitas transformações do ser com carimbos, na tentativa de dar a luz sobre a intersecção do que se é, foi e será. A natureza do padrão sendo reorganizado randomicamente em formas mal construídas, é uma tentativa de prova dos potenciais e traduções do sujeito.
Rogério Filho traz como abordagem a ideia da falta de planejamento, impermanência e perda de si como potência (pessoal e criativa). Se destacando em seus desenhos um resultado cru entre sobreposição, rasura, escrita, falha e apagamentos. Seu trabalho aposta no ‘devir’ e nas multiplicidades que orbitam o sujeito.
De acordo com o diretor da Faculdade de Artes Visuais, Prof. Dr. Victor Kraide Corte Real, a Galeria de Artes Visuais da PUC-Campinas recebe regularmente exposições que visam proporcionar “a valorização da arte e oferecer à comunidade interna e externa a oportunidade de ter contato com diferentes linguagens e poéticas”.
A exposição poderá ser visitada de 29 de setembro a 10 de outubro de 2025, no período noturno, na Galeria da Faculdade de Artes Visuais localizada no Prédio H07, Campus I, da PUC-Campinas.
Serviço:
Exposição: “Poéticas da Inerência”.
Abertura: 29/09/2025 às 20h50.
Período de visitação: 29/09 a 10/10/2025.
Visitação: de segunda a sexta-feira, das 19h às 21h.
Local: Galeria da Faculdade de Artes Visuais – Prédio H07 – Campus I, PUC-Campinas.
Entrada gratuita.

