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Biblioteca do Campus II da PUC-Campinas abriga importante acervo do Dr. Mario Gatti

Coleção que reúne 843 exemplares contêm várias raridades bibliográficas dos séculos XIX e XX

A Biblioteca do Campus II abriga um precioso acervo que já pertenceu a uma das figuras mais marcantes da história de Campinas: o médico e político Dr. Mario Gatti (1879 – 1964). A coleção especial reúne 843 exemplares, entre livros, folhetos, dissertações, teses, obras de referência, atlas e periódicos fundamentais para a medicina, escritos por autores que contribuíram de maneira significativa para os avanços nas áreas cirúrgica, ginecológica e bacteriológica, sendo alguns deles raridades bibliográficas dos séculos XIX e XX.

Conhecido por sua atuação humanista e por ter idealizado o hospital que hoje leva seu nome, o Dr. Mario Gatti (1879 – 1964) deixou um legado que transcende a medicina e se entrelaça com a história social e política de Campinas.

Os títulos estão redigidos em francês, espanhol e português, com destaque para “Chirurgie du Rein & de l’Uretère” (em tradução livre para o português, “Cirurgia de Rim e Ureter”), de James Israel (1900); “Introduction à l’Étude Clinique et à la Pratique des Accouchements” (em tradução livre para o português, “Introdução ao Estudo Clínico e à Prática do Parto”) de L. H. Farabeuf (1891); e “Notas de Cirurgia Renal”, de Serés Manuel, publicado em meados do século XIX, que mostram o olhar técnico e clínico da medicina europeia da época.

Outras obras da coleção, como “Chirurgie du Gros Intestin du Rectum et de l’Anus” (em tradução livre para o português, “Cirurgia do Intestino Grosso, Reto e Ânus”), de Gerard-Marchant (1902), ampliam o escopo da pesquisa médica e permitem aos estudiosos compreenderem os fundamentos da medicina moderna a partir de sua evolução histórica.

Para Fabiana Rizziolli Pires, bibliotecária responsável pela curadoria das obras raras e coleções especiais da Universidade, o valor do conjunto vai muito além de seu conteúdo técnico. Ela explica que “essa coleção é um testemunho silencioso da história da medicina. Preservar essas obras é também preservar o pensamento, o esforço e a dedicação de gerações que moldaram o conhecimento médico como o conhecemos hoje”.

Obras como a da foto acima foram escritas por autores que contribuíram de maneira significativa para os avanços nas áreas cirúrgica, ginecológica e bacteriológica.

O coordenador do Sistema de Bibliotecas e Informação (SBI) da PUC-Campinas, por sua vez, Me. Sergio Eduardo Caldas, comenta que “ao reunir, preservar e tornar acessível esse tipo de patrimônio bibliográfico, reafirmamos o papel das bibliotecas universitárias como guardiãs da memória científica. A coleção Mario Gatti é uma das muitas iniciativas que fortalecem o compromisso da Universidade com a cultura e o conhecimento”.

“Éléments d’Anatomie Gynécologique, Clinique et Opératoire” (em tradução livre para o português, “Elementos de Anatomia Ginecológica, Clínica e Operatória”), de Paul Petit, de 1901, é um dos inúmeros livros do acervo.

Acesso às obras
O acervo pode ser consultado presencialmente mediante agendamento, reforçando o compromisso da PUC-Campinas com a preservação da memória, a promoção do acesso à informação e o incentivo à pesquisa acadêmica.

Para agendamentos e mais informações, é só entrar em contato com a Biblioteca do Campus II através dos telefones (19) 3343-7073 e (19) 3343-6792 ou pelo WhatsApp, cujo número é (19) 99267-7207. O e-mail é sbi.secretaria@puc-campinas.edu.br.

A coleção especial reúne 843 exemplares, entre livros, folhetos, dissertações, teses, obras de referência, atlas e periódicos fundamentais para a medicina.

Sobre o Dr. Mario Gatti
Conhecido por sua atuação humanista e por ter idealizado o hospital que hoje leva seu nome, o Dr. Mario Gatti deixou um legado que transcende a medicina e se entrelaça com a história social e política de Campinas.

Nascido em Sessa Aurunca, localidade próxima a Nápoles, na região da Campânia, no sul da Itália, em 11 de fevereiro de 1879, o médico emigrou para o Brasil em 1905, mais especificamente para Campinas, para se casar com Francesca de Marco, filha de Rocco de Marco, empresário italiano que fez fortuna na cidade.

Formou-se em medicina na Bahia e iniciou sua carreira na Real Sociedade Beneficência Portuguesa. Depois, de alguns anos estudando em Paris, retornou para Campinas, em 1915, onde fixou residência.

Faleceu em 4 de março de 1964, deixando três filhos, netos e bisnetos. Doze anos mais tarde, teve o seu nome indicado pela população campineira para nomear o então Hospital Municipal em virtude de seus inúmeros serviços prestados à cidade.



Daniel Bertagnoli
13 de agosto de 2025