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Ataque a mesquita é alerta para países periféricos

A Professora de Relações Internacionais da PUC-Campinas Ana Paula Lage de Oliveira fez um alerta sobre o risco de ataques terroristas como o ocorrido em uma mesquita na Nova Zelândia, onde ao menos 49 pessoas morreram após ataques de um grupo de supremacistas brancos. Em entrevista ao Jornal das 10, da GloboNews, ela disse que a escolha de um país que não é alvo comum desse tipo de ação teve como objetivo causar mais choque e terror.

“A escolha de atacar fora de grandes centros foi intencional, para mostrar que isso pode ocorrer em qualquer lugar do mundo. E foi uma ação política, já que divulgaram até um manifesto logo após o ataque”, diz a especialista da PUC, com doutorado pela Universidade de Brasília.

Ela também diz que outro ponto surpreendente foi o fato de a Nova Zelândia ter uma lei de segurança muito rígida, que permite até a investigação ampla de seus cidadãos em caso de suspeita de ligação com qualquer grupo terrorista.

O Brasil não tem histórico de ataques do tipo, mas a ação na Nova Zelândia mostra que nenhum lugar está a salvo. “As agências de inteligência devem estar preparadas, inclusive aqui. Depois da internet, ficou mais fácil para esses grupos se organizarem em qualquer lugar do mundo”, afirma.



Marcelo Andriotti
15 de março de 2019