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A Pesquisa Cesta Básica PUC-Campinas aponta que o custo da cesta em janeiro de 2006, na cidade de Campinas, teve uma redução de 0,82% em comparação a dezembro de 2005. O custo médio no mês foi de R$ 364,35, enquanto que em dezembro de 2005 ficou em R$ 367,37. Foram computados pela pesquisa o cálculo dos preços comparativos de alimentos, produtos de higiene e limpeza, preços administrados pelo setor público e gás de cozinha.

Esta queda de 0,82% foi significativa, já que em dezembro de 2005 o custo médio da cesta básica em Campinas acumulava um aumento ao longo do ano de 8%. Segundo o coordenador da pesquisa, professor Cândido Ferreira da Silva Filho, da Faculdade de Ciências Econômicas da PUC-Campinas, o clima favorável durante janeiro favoreceu a queda nos preços dos produtos hortifrutigranjeiros, ocasionando a diminuição do custo médio. Esta tendência, segundo o professor, se verificou em pesquisas similares realizadas em outros centros urbanos brasileiros.

O produto com queda de preço mais acentuada em janeiro foi o tomate, com 48,13%. Mas nem todos os produtos in natura acompanharam a tendência. O preço da laranja, por exemplo, aumentou 20,76% e o batata subiu para 19,88%.

Entre os alimentos industrializados, o açúcar foi o que apresentou maior acréscimo: 18,96% em comparação aos preços de dezembro de 2005. O café aumentou em 6,88%. Segundo Cândido Filho, esses produtos acompanham o mercado internacional. “Nos momentos em que a demanda está em alta e os estoques baixos, a conseqüência é o aumento”, diz ele.

No que diz respeito aos produtos de higiene e limpeza, em janeiro sabonete e creme dental apresentaram queda nos preços, respectivamente, de 0,51% e 2,82%. O sabão em barra aumentou 0,73%. Mas, na média, os preços dos produtos de higiene e limpeza tiveram crescimento de apenas 0,30% relativo ao mês de dezembro. Os preços públicos ficaram estáveis durante o período e o gás de cozinha aumentou 6,67%.

Segundo Cândido Filho, no que diz respeito à jornada de trabalho, um trabalhador com remuneração de 1 salário mínimo mensal precisaria dedicar durante o mês de janeiro 267 horas e 11 minutos para adquirir a cesta básica. “Por conseguinte, um trabalhador com uma jornada de trabalho de 44 horas semanais ou 220 horas no mês, necessitaria de muitas horas extras para adquirir a cesta”, observa o professor.

Pesquisa surgiu com o Plano Cruzado

A Pesquisa Cesta Básica PUC-Campinas, divulgada no início de cada mês (relativa aos dados do mês anterior), é um programa de extensão da Faculdade de Ciências Econômicas. Além do seu coordenador, o professor Cândido Ferreira da Silva Filho, os alunos responsáveis pelos levantamentos de dados são orientados pelos professores José Milton Sanches e Oswaldo Tanaka. O programa foi criado pelo professor Cândido Ferreira da Silva em 1993, no início do Plano Cruzado. Com o seu falecimento, em outubro de 2005, Cândido Filho assumiu a coordenação. “Nosso plano, em breve, é estender os levantamentos para toda a Região Metropolitana de Campinas”, informa.

A pesquisa tem por objetivo avaliar o custo mensal de uma cesta básica capaz de atender às necessidades de alimentação, higiene e limpeza, e serviços públicos de uma família composta por quatro pessoas – dois adultos e duas crianças – com renda mensal de 1 a 5 salários-mínimos. Por meio do cálculo mensal do custo da cesta básica são obtidos indicadores dos aumentos de preços que afetam a vida da camada de renda mais baixa da população.

Para composição do custo da cesta básica são pesquisados os preços de 21 itens, sendo 14 produtos básicos alimentares, 3 itens de higiene e limpeza, 3 tarifas administradas pelo setor público e os preços do gás de cozinha.

Os alimentos relacionados devem proporcionar o consumo de 2,4 mil calorias diárias, sendo 10% proveniente de proteínas, 30% de lipídios e 60% de glicídios. O levantamento de preços é realizado todas as semanas nos principais supermercados de Campinas.

Serviço

Os trab



Portal Puc-Campinas
9 de fevereiro de 2006