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A PUC-Campinas realiza o Mutirão Contra Hepatite C, nos dias 18 e 20 de abril, das 8h às 17h, no Ambulatório de Moléstias Infecciosas (MI) do Hospital e Maternidade Celso Pierro, localizado no Campus II, da Universidade (avenida John Boyd Dunlop, s/nº, Jardim Ipaussurama). Além disso, paralelamente, nos mesmos dias, profissionais, professores e alunos atenderão nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) Integração e Floresta, das 13h às 17h.

Mais informações
A população passará por um teste rápido gratuito, ou seja, coleta de sangue que detectará na hora se a pessoa tem ou não a Infecção pelo vírus da hepatite C. Com o diagnóstico positivo a pessoa será encaminhada para o tratamento no ambulatório de MI do Hospital.

A Hepatite C é uma inflamação do fígado causada pelo vírus C. De acordo com estimativas do Ministério da Saúde, cerca de 2 milhões de brasileiros podem estar infectados pelo vírus C. Ou seja: 1,5% da população. As estatísticas também mostram que hoje, a hepatite C infecta cinco vezes mais brasileiros que a Aids. “Um mal que avança sem dar sinais, a hepatite C pode levar à morte. A doença é capaz de passar até 20 anos lesando o fígado, um dos órgãos mais importantes do organismo, sem dar sequer um sinal de sua presença”, explica a chefe do Serviço de MI, Maria Patelli Juliani Souza Lima.

A transmissão do vírus da hepatite C acontece por meio do contato com sangue contaminado, seja por transfusão de sangue, pelo uso de drogas injetáveis ou por acidentes perfuro-cortantes com material contaminado com sangue. “Pessoas que receberam algum tipo de transfusão de sangue ou derivados antes de 1992 podem ter adquirido a hepatite C, pois não tínhamos tecnologia adequada para identificar o vírus da doença no sangue do doador infectado. Porém, hoje, a possibilidade disso acontecer é mínima. O controle das doações é rigoroso”, esclarece Patelli.

Tratamento
A Hepatite C tem grande chance de cura. Cerca de 20% dos infectados eliminam o vírus espontaneamente. “Dos outros 80%, cerca de metade dos pacientes poderão desenvolver uma forma de doença mais agressiva e deverão ser tratados. De maneira geral, aproximadamente 65% dos pacientes, quando tratados corretamente, têm a doença controlada”, afirma a infectologista.

Segundo a especialista na área de doenças infecciosas, o tratamento mais avançado, já disponível na rede pública, é com o interferon peguilado injetável e com comprimidos de ribavirina. “Na prática, isso traduz uma chance de cura de aproximadamente 25% a 30% superior à verificada com os tratamentos convencionais. No caso dos pacientes com subtipo viral 1, o mais comum no Brasil, a chance de cura é cerca de 50%, e nos portadores dos subtipos 2 e 3, a chance sobe para 80% dos casos”, afirma.

O medicamento deve ser usado por 24 ou 48 semanas, dependendo do subtipo do vírus HCV. A pessoa que tem hepatite C é aconselhável eliminar para sempre as bebidas alcoólicas. “O perigo de contrair cirrose hepática aumenta quando o portador do HCV tem o hábito de consumir álcool. A cirrose é uma doença do fígado que altera as funções de toda a estrutura do tecido hepático. Depois disso, a única saída será o transplante hepático”, esclarece Patelli.



Portal Puc-Campinas
13 de abril de 2007