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Centro de Economia e Administração da PUC-Campinas realiza Fórum “Empreendedorismo e Oportunidades de Negócios Brasil – África” nesta quarta-feira. Evento é gratuito e aberto ao público

A Região Metropolitana de Campinas (RMC) está atenta ao crescimento econômico da África e disposta a aproveitar as oportunidades comerciais existentes naquele continente. De 2005 para 2006, as exportações das empresas da região para um grupo de sete países africanos (África do Sul, Angola, Botsuana, Moçambique, Namíbia, Zâmbia e Zimbábue) aumentaram 45,4%, passando de US$ 48,5 milhões para US$ 70,6 milhões. O número de empresas da RMC que exportaram para os países selecionados passou de 63, em 2001, para 131, no ano passado.

As informações foram analisadas pelo Núcleo de Pesquisa e Extensão (Nupex) do Centro de Economia e Administração (CEA) da PUC-Campinas, a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil (MDIC). A África do Sul foi selecionada por ser a maior economia da África Austral; Angola e Moçambique por serem países que falam a língua portuguesa e, os demais, por estarem próximos a esses países.

Diante dessa realidade econômica, o CEA promoverá, na próxima quarta-feira, dia 5, o Fórum “Empreendedorismo e Oportunidades de Negócios Brasil – África”, coordenado pelo professor Duncan Chaloba. No encontro, estará em discussão o tema “Estímulo às Parcerias de Comércio Exterior”. O evento será realizado a partir das 19h20, no Auditório Dom Gilberto, no Campus I, localizado próximo à Rodovia D. Pedro I. O Fórum é gratuito e aberto ao público. Ainda participará do evento o cônsul da República da África do Sul em São Paulo, Modiba Isaac Choshane.

Entre as empresas da RMC que exportam para os setes países africanos citados no estudo estão Bosch, 3M, Pirelli, Rhodia, Goodyear e Fort Dodge Saúde Animal.

Os principais produtos exportados pelo Brasil para a África são: automóveis, tratores, carnes, açúcar, produtos de confeitaria, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos; aparelhos de gravação ou reprodução de imagem e som, ferro fundido, ferro, aço, móveis, mobiliário cirúrgico, etc.

“O objetivo do Fórum é estimular negócios entre o Brasil e a África, enfatizando que há espaço para os pequenos e médios empresários”, afirmou Adauto Ribeiro, professor do CEA da PUC-Campinas.

Entre as oportunidades existentes na África, Ribeiro destaca os mercados consumidores em expansão nas áreas urbanas (bens de consumo em geral); produtos e investimentos direcionados para o setor agropecuário e agro-industrial; investimentos direcionados para a exploração de recursos naturais, em especial recursos minerais; e produção de energia (biomassa, energia solar, eólica, recursos hídricos;); investimentos em serviços técnicos e financeiros; desenvolvimento de recursos humanos, ciência e tecnologia, bem-estar social, informação e cultura; estudo de impacto e de recuperação ambiental; e de segurança pessoal e patrimonial.

Já as dificuldades apontadas pelo professor da PUC-Campinas para a ampliação das relações de comércio e de uma maior integração das economias africanas com o Brasil são, basicamente, a falta de conhecimento por parte dos empresários brasileiros e africanos, a escassez de transporte e logística operacional e a ausência de apoio e suporte financeiro.

África

A África tem 53 países, 30 milhões de Km2 de área e mais de 900 milhões de habitantes. A economia africana cresceu acima de 5% ao ano, em média, nos últimos 4 anos, portanto, acima do crescimento da média mundial e acima do crescimento do Brasil.

As exportações cresceram a uma média anual de 28% ao ano, totalizando 300 bilhões de dólares de exportação em 2005. A participação da África na exportação mundial, em 2005, foi de 3%, com movimento ascendente.

As importações cresceram a uma taxa média de 22,5% ao ano, totalizando cerca de 250 bilhões de US$ de importação em 2005. A África representou cerca de 2,5% das im



Portal Puc-Campinas
4 de dezembro de 2007