Os dados do Boletim Econômico da PUC-Campinas – Acompanhamento Comércio Exterior aponta que no mês de outubro, a Região Metropolitana de Campinas (RMC) teve um crescimento de 4% nas exportações de bens e de 0,5% nas importações, comparado a setembro.

No acumulado de janeiro a outubro, a RMC exportou US$ 3,5 bilhões e importou US$ 7,4 bilhões. Os dados mostram que a exportação diminuiu 32,4% e a importação recuou 23,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

No mês de outubro, os municípios que apresentaram crescimento na exportação foram Paulínia com um aumento de 29,5% e Campinas com 12,8%. No acumulado do ano, as empresas exportadoras da RMC deixaram de receber, como receita exportadora, cerca de 1,68 bilhões de dólares.

De acordo com os dados da pesquisa, após um ano da crise financeira nacional, os municípios mais afetados foram os que possuem empresas integradas à cadeias produtivas globais, compradoras, fornecedoras de bens intermediários, empresas do setor eletrônico, automotiva, entre outros. As cidades mais afetadas estão Jaguariúna, Americana e Sumaré. Os dados do Boletim Econômico da PUC-Campinas Acompanhamento Comércio Exterior produzido pelo professor Adauto Roberto Ribeiro do Centro de Economia e Administração (CEA) da PUC-Campinas.

Finanças Públicas na RMC
Os Repasses Estaduais aos 19 municípios da RMC foi de R$ 157, 5 milhões. O valor é inferior comparado ao mês de setembro, quando totalizou R$ 170,6 milhões. Segundo a pesquisa, o repasse mantém um equilíbrio se comparado aos meses de julho e agosto deste ano. O valor de outubro também é superior ao do mesmo período de 2008.
De janeiro a outubro deste ano, a RMC contabilizou R$ 1,68 bilhões, valor que é 1,59% inferior aos R$ 1,71 bilhões recebidos em igual período de 2008. A expectativa é que até o final do ano os repasses totais de 2009 superem os de 2008.

Entre os principais repasses (ICMS e IPVA) vemos que, no acumulado do ano há queda de 4,23% no primeiro e alta de 12,25% no segundo. Esta queda nos repasses do ICMS deve-se em boa parte à diminuição do nível de atividade econômica, como conseqüência da crise financeira internacional, deflagrada em setembro de 2008.

Já a alta dos repasses do IPVA, deve-se, em sua maior parte ao aumento da base tributária – no caso veículos automotores – ocorrida de 2007 para 2008 e que se reflete na arrecadação deste imposto nos primeiros meses de 2009. Os dados do Boletim Econômico da PUC-Campinas – Acompanhamento Finanças Públicas é realizado pelo professor Pedro de Miranda Costa.

Emprego na RMC
Os dados do Boletim Econômico – Acompanhamento Emprego, referente ao mês de setembro, mostra que a RMC criou 4.837 novos postos de trabalho. No acumulado do ano, o saldo de emprego fica positivo com mais de 16 mil vagas. Os setores industriais apresentam o melhor resultado do ano. São geradas 2.900 novas vagas.

Nas microempresas e pequenas empresas geram 80% dos novos postos de trabalho. As grandes geraram apenas 261 novas vagas. Na RMC são contratados preferencialmente jovens com até 24 anos. E há preferência pelo nível escolaridade de ensino médio. O Boletim Econômico – Acompanhamento Emprego é feito pela professora do Centro de Economia e Administração (CEA) Eliane Navarro.

Indicadores Macroeconômicos

No nível das atividades econômicas, produção Industrial em setembro de 2009 avançou 0,8% frente ao mês anterior na série livre de influências sazonais, mantendo a seqüência de nove meses consecutivos de resultados positivos, com um acumulo de 14,6%. Comparado com o ano passado, a indústria recuou 7,8%.

A Inflação teve uma ligeira elevação no mês de setembro, (0,24% contra 0,15% em agosto), mas deve fechar o ano bem próximo do centro da meta estipulada pelo Banco Central, que é de 4,5%. A análise dos indicadores Macroeconômicos é realizada pelo professor Fábio Eduardo Iaderozza.
O Boletim Econômico ainda traz uma análise sobre a entrada de Capital externo no país e um artigo que aborda o a importância do cooperativismo popular. A pesquisa completa está disponível no site www.puc-campinas.edu.br/imprensa.